quarta-feira, 28 de abril de 2010

Insegurança

O inseguro é incerto
É o abismo, é a perca
É tudo que aos poucos de vento em transes
Deixando o ausente de ser presente
Desequilíbrio
É o querer sem ser
É o fazer e temer
É o medo, não sei o quê!?
Trauma que um dia possa quebrar
Desatar os fatos
E certamente...

Pisar em terreno firme!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Nossa emoção de viver!

Dizem que um gesto vale mais que mil palavras e eu afirmo que algumas palavras são mais valiosas que as coisas. O ser matéria pode lembrar, mas nunca comparável as palavras ditas, sentidas, escritas.
Talvez o que você diz, não é o que realmente quer, mas o que você quer dizer são palavras rabiscadas preenchendo um papel. Talvez o teu desenho atribua várias interpretações, talvez o objeto seja apenas um enfeite decorativo.
Ponha as palavras sobre a mesa, ou se conseguir, deixe seus sentidos falarem por você. Porém, antes da palavra falada, pense, eu não quero que você se cale. Calar-te é esconder-te, permitir o ponto em tua vida, ou talvez enganar-te, pois toda a verdade é sofrida mesmo que seja bem vinda, há um temor.
Se não há cor, age automaticamente o semblante. A presença não é eterna, o toque, o sorriso, o gesto, a mania, a voz, a troca, tudo é levado com o tempo. Apague a agonia, sinta-se vivo mesmo a beira do alfabeto e depois de algum afeto, pois o que vale é o coração, a nossa emoção de viver.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Meu "grilo"

Eu estava só, cantarolando;
De repente você apareceu;
Que susto eu tomei, será medo!?
Acho que tentei me defender;
Mas de quem? De você?
Tão pequenino, porém tão lindo e estranho;
Você também sentiu medo e recuou;
É verdade, somente você deveria sentir medo;
Eu tão grande, me movendo e espantada;
Tentei parar o meu objetivo;
Pensei, eu posso manter um diálogo;
Céus, será que estou em um conto qualquer?
Não desistir, executei minhas tarefas reais
Cadê ele?
Ele estava ali, se esforçando para sair do local
Eu precisava me despedir e ajudar
Mas ajudar a me deixar só!?
As coisas são passageiras;
Terminei o meu trabalho tentando conversar;
Estava "grilada" ;
Expliquei que não queria fazer mau nenhum;
Com todo carinho e ar de despedida o levei para voar;
Foi no dia 05 de abril de 2010 em que tive um amigo fiel;
Foi o dia em que eu aprendi a me desprender;
Nunca pensei em viver esta loucura gostosa e real;
Deixei o caminho dele livre para fazer outras companhias;
E guardei todo o momento como um encanto. 
Não ria!

Eu quis estar


Eu não prestei contas ao tempo e durante aqueles instantes as horas, os minutos, foram levados para bem longe de mim. Eu estava parada para as coisas, assim como tudo parou para mim. As pessoas presentes nem se faziam estar, eu estava em companhia de muitos, mas em sintonia somente comigo mesma.Eu fiquei a toa sem saber por quê. Não liguei para o meu penteado, nem para o suor que escorria, nem para as pessoas que saiam de cena, muito menos para aqueles que tentavam me acordar. Eu quis estar só e reparar as vozes, eu quis apertar a tua mão. Eu quis viver um sonho, eu quis saborear um momento, eu quis a ti, experimentar e talvez nada a mais.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Olhar, danças, cartas, vinho.


Meu olhar está se encontrando com o seu mesmo sem querer, ou com vontade de te ver, disfarçar, é dia a dia, ou penso.
Sem querer a percepção para nós já vista, escondia em aventuras, medo da escuridão amena;
Mas o encontro é vendado e misterioso, o tempo para, há uma foto tirada por nós. Querendo esconder, o olhar revela. Seu sorriso bobo em conversas além, sem te chamar você já está aqui.
O acaso foi a favor, apesar do sabor curioso que já havia entre alguém. Alguém sem nome, que já sabe aonde irá, alguém com desejo e medo de arriscar.
É blasfemar dizer que não há resposta, pois nada foi inútil e tudo esta fluindo. 
Porém haverá dívida, meu par de danças, se tudo não passar de uma fantasia, as cartas estão nas mãos em pleno baile de carnaval, e quando elas estiverem na mesa, cuidado ao beber o vinho, pois a taça quebrada manchará toda a esperança, além de rastros em formato de cacos afiados para ferir, querendo se alimentar de sangue.