quarta-feira, 23 de maio de 2012

Humanos normais

As vulgas besteiras, atitudes fora do padrão são as mais geniais do mundo. Sorrisos estampados em pulos fora de hora, gritos desvairados, desejos mais excêntricos e eloquentes como um pomar no mar, olhares atraentes sem vulgaridade, motivos inventados para distribuir gargalhadas, nem que seja por um fio de cabelo com geometria singular. Ações benéficas e prazerosas talvez por isso vetada, pré conceituada.
Essas cartilhas efêmeras deveriam durar a eternidade como rotina. No entanto, esses enormes adesivos viraram comprimidos para desanimarmos quando a porcentagem de auto estuma regredir. Precisamos aparentemente viver no mundo de humanos normais, assim chamados e assim infelizes. 
Toda distração é rara como um instante mágico, e por isso volátil, a não ser que a criatividade e a atenção sejam sinais de alerta, e então, segundos de 24h podem fazer o corpo ser alma em ciclos saudáveis. Na verdade, vender, roubar o tempo, é não ser o que quer fazer e mais tarde máquina de um comodismo louco para admirar a arte de viver por saber que existem horas para haver tempo, inclusive para a estética do próprio intestino.

sábado, 12 de maio de 2012

Dia das mães e da "liberdade".

Segundo domingo de maio, dia das mães.
Esse ano (2012), prestigiaremos as mamuscas no mesmo dia em que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, á 124 anos atrás. Portanto, o 13 de maio se tornou mais especial.
Não que a abolição da escravatura desse total liberdade, conforto e sacies, mas teve valor representativo, de luta, de romper o cordão umbilical com os senhores perversamente donos da lei.
Essa história de luta sabe fazer transição com a dádiva de ser realmente mãe - esse ser tão questionado, amado e articulado.
Quantas mães choraram em busca de proteção para sua cria. Quantas mães souberam compartilhar seu afeto ao dar de mamar ao próximo. Quantas mães morreram juntas com seus filhos. Quantos sacrifícios. Quantas mães sabem rir, olhar.
Hoje se pergunta por qual motivo respeitar, por quanto tempo amar, que fim atingir. Estagnação, vergonha. Valores, retrocessos questionados.
É dia de luz.
Salve, oh mãe, salve, oh filho!
Salve a mãe da luta, do cuidado, da prevenção, do trabalho, do leite e de toda a vida.
Salve o filho que luta, que zela, que retribui.
Salve o esforço.

13 de maio de 1888 - Abolição da escravatura.
13 de maio de 1958 - Carolina Maria de Jesus lutava contra a escravatura atual, a fome!
13 de maio de 2012 - Alguém ainda luta, faz valer a história? Também luto pelas mães, feliz dia.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Desejo íntimo


Sonho com poemas literários que me envolvem e desejo presentes às melodias dos Beatles interpretadas. 
É tanta fantasia nesse espaço virtual, que antigamente e no meu interior chamavam de mundo. Mas enquanto espero imagino muito mais que algo, surpresas são sempre inesperadas com um toque de adrenalina. 
Assim desenho e errantemente vivo me protegendo não sei de quê. Só a mostrar uma meiguice fria, hitleriana, voluptuosa, fugaz, cheia de pecados insanos. E por dentro do estribo, sensibilidade apurada com qualquer detalhe.