terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Transição

Estou em transe, em um transe profundo que jamais poderia imaginar.
Passaram anos e anos, mais de 7.300 borboletas nasceram e morreram.

Muita coisa mudou e vai mudar,
Inexplicavelmente e em busca de muita explicação.

Cada passo é um passo como as águas do mar, hora lentas, hora agitadas.
Olhei o infinito, tentei enxergar e tudo que vi foi um redemoinho,
O mundo é redondo.

Ciclos e ciclos completam a trajetória de uma vida construída a base de muitas observações.
No meio de tudo isso ainda há muita dúvida em busca de uma decisão.
Duas mãos querem quatro, querem passear pelo mundo, mas estar sempre aqui, presente.
Escolhas.


domingo, 8 de dezembro de 2013

Cravo escravo

Ainda que libertos, somos escravos!
Escravos de um sistema, até ser ousado.

Voltamos para casa em ônibus lotados feito escravos,
Somos escravos do trabalho,
Cravados em uma cadeira, presos em telas,
Mesmo quando pensamos que não, somos escravos.

Somos escravos quando aceitamos o que nos oferecem sem mudar nem questionar,
Tem alguém que tem poder, e ainda sim é escravo.
A escravidão é um sistema racional e bruto.

Até o cravo é brabo, até o cravo doí,
Porque o que encrava para, e incomoda até o grito pedir socorro!
A Liberdade vem no último instante, e ainda bem que vem, pra dizer que fomos escravos e agora queremos mudar.

domingo, 24 de novembro de 2013

Meses

Outros outubros foram outonos vibrantes, marcantes e sensatos;
Esses outubros são reflexivos,                                                   
A espera do novo, do novembro que vem.                                

Quando lembro dos tempos, das fotos, de cada loucura... 
É hora de reformular;                                                       
Dez anos,                                                                        
Muito mais que isso foram as estações;                            
Dezembros esperam!                                                       
Não! Dezembros querem membros que dizem, que façam!

Cada loucura será nova;                                                                   
Outros serão outros, nove serão mais que onze e dez mais que doze.

"Deixou de ser" é tão forte...                           
Pois bem, agora serão!                                  
Para sempre foram, agora é memória,            
Amanhã acaso, planejamento, consequências.
Outros nove inúmeros membros.                   



domingo, 10 de novembro de 2013

"No fundo"... Sabemos quem somos.

As pessoas vivem tentando se encontrar, se definir e pedir uma definição.
Você acha, você me vê, qual a imagem que o outro cria de você?
Nenhuma imagem será a mesma que existe dentro de nós.
Vivemos em um constante aprendizado, em uma constante descoberta e isso é o que motiva a vida.
Podem te definir, mas quem realmente sabe sobre você é você mesmo.
O documento de identidade é complemento. Só o ser é.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Rosas que não eram rosas

Tela branca, rosas suaves e calmas;
Ela se sobrepôs a todo e qualquer elemento de tão forte e frágil.
As gotas da chuva abraçavam cada pétala e se juntavam a ela em uma sintonia incrível.
Linda flor, ingênua em seu jardim sentindo a brisa dos mares tão longes e nunca vistos;
Fornece amor ao dar seu néctar a todo e qualquer ser.
Triste flor que sofre com cada pétala levada também pelo vento que um dia já foi seu maior companheiro das valsas dançantes;
Uma a uma, e ela vai ficando só. O que já foi broto e feriu com seus espinhos se resume a uma lembrança da beleza e pureza que se foi, às pétalas que agora na terra são secas, o branco que agora é pó.
Tão linda se torna um nada que não chama a atenção de ninguém depois de um lindo ciclo sem direito a saudades no fim.
O perfume e suas cores isolaram por completo.
Resta apenas, talvez, a certeza que um dia soube levar o amor a alguém.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Essências que faltam.

"Só que a luz brilhante dessas cores..." ♪
... Sem essências diz que o sol pode anoitecer e só a lua e as estrelas poderão bailar no céu. Ouvir dizer que é bom dosar as medidas, mas não existem fórmulas exatas.

Há proporção das coisas, impulsionadas de forma direta ou indireta. A única coisa que sei é que parte de algo parecido com instinto que pode ser pensamento ou emoção.
Ah... Quantas variáveis, meu Deus!?

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Destinos aceitam caronas?

Eu quero carona para te acompanhar, mas não êxito em ser tudo para você, nem ser você, muito menos que eu me apague ao seu lado. Quero somar, trocar palavras, sorrisos e olhares sinceros. Rever prazeres, analisar casos, identificar e corrigi equívocos, viver novas emoções.
Não me importo com a estrada, podemos contruí-la, hora fazer um jardim nas extremidades do asfalto, hora prédios altamente tecnológicos no meio do deserto. Um dia esperar o pingo da água tocar o chão e fotografar o instante certo dela passeando no ar, no dia seguinte sair correndo para não perder o bonde e chegar na hora certa.
Conhecer, escrever sobre pessoas, viajar e ter surpresas boas e de muito aprendizado. Penso que tudo pode ser possível.
Mas, quem é você que aceita me ter na carona da sua vida?
(...)
Eu não vou criar problemas irreversíveis, e se um dia chegarmos a conclusão que nossos desejos são outros, você pode ir em busca do seu destino que eu irei conquistar o meu. Mas, eu ainda quero pegar carona, ter essas lembranças de vida.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Brilhos do dia

Mais que mil brilhos da lua e do sol para ofertar.
Se não chegar lá, tem estrelas no caminho.
Neste percurso as pessoas são as "essências" mais importantes da vida. Elas nos ensinam na dor, no sorriso, em cada momento de interação. 
Escolhas.
Onde é o lado certo? Onde posso estar?
E agora, devo seguir? Como chegar? Não posso demorar. Me acabar. É preciso seguir.


sábado, 3 de agosto de 2013

Os horizontes presentes

Talvez eu me esqueci de deixar minhas emoções transpirarem. Volta e meia retorno a uma tábula rasa, mas dessa vez uma tábula rasa complexa. Um desenho, uma pintura, uma escrita única e tão verdadeira ainda que seja inventada. Tudo isso está dormindo em um sono profundo. Não sei se guardei na gaveta, como alguns sentimentos que deixei para trás. Na gaveta e na estante me parece que há negócios e especulações.
A única coisa que sei é que talvez eu esteja perdendo a beleza das flores, a beleza dos abraços do vento. Por uma viagem querida, um sonho esquecido, liberdade estabilizada. Tudo isso é limitado. Cada um tem um pensamento, uma modalidade.
Tarde de domingo, bebidas, mar e violão... Não, eu não estou querendo ser boêmia, talvez seja um novo encontro ou conhecimento. Qualquer coisa é forte. Um detalhe perdido, adormecido, umas lembranças poucas como um brinquedo doado para ser o alimento de um boi. O sentimento das coisas materiais, a tentativa de uma boa fotografia, sonhos dissolvidos por imagens e ruídos agudos presentes por conta de resquícios passados. A perda e a presença. Os novos horizontes avisam que tempos mudam. Talvez eu saiba que o caminho está certo, mas prefiro continuar procurando, descobrindo, reinventando. Sei também de outra coisa, não gosto de controle, de monitoria, da ausência de diálogos saudáveis e recíprocos. Gosto muito da palavra "coisa" serve para mencionar qualquer coisa que talvez não tenha explicação, mas que no fundo cada um sabe o que significa. Há coisas que achamos que são promocionais, no entanto, são apenas registros pessoais. São tantas coisas que talvez eu me esqueci de pedi permissão ao horizonte para contar.


quinta-feira, 25 de julho de 2013

Vida no papel através da escrita

Em um registro há infinitos pensamentos, daquele que lê e daquele que pensou e transformou as ideias em palavras. A escrita é uma fonte de inspiração que pode elevar a reflexão das pessoas e suas criações, é uma grande porta para cenários únicos.
Escrever é um grande desafio, se expressar e fazer o outro entender o que a união das palavras quer dizer, é, talvez, uma das experiências mais enriquecedoras por ser capaz de transformar o mundo.
Há textos que são pensados, e há textos involuntários, há tantos textos na vida e da vida. Cada um com sua originalidade no meio do seu conjunto. Cada traço de uma letra que se junta a outras é também um pouco do autor que se doa e observa cada caminho a ser percorrido dentro da lei (a ortografia, a gramática, a ética, a licença poética).
Escrito dentro da lei, não existe mau texto, existe “O texto” adequado a situação  e necessidade buscada pelo leitor. Cada texto tem um objetivo e precisa de respeito, critério esse também atribuído ao registro do autor. Reproduções não saberão identificar a essência do texto e nem entender o significado do mesmo, por isto a chave do sucesso neste mundo das palavras é entender, depois citar os nomes dos autores, refletir e dar inicio a novas produções escritas.

Feliz dia dos escritores, aqueles que sabem rechear o trajeto de nossos olhos em um pedaço de folha, ou tela qualquer, e dar vida aos mesmos.


quinta-feira, 18 de julho de 2013

Reflexo de um passado

Mãos que se unem, o ruídos de um beijo, os sussurros de um belo afeto, os risos. Quanta falta quando tudo isso se faz ausente.
Uma mão que agride a outra na tentativa de educar, a gritaria, e a multidão de palavras que ferem, as lágrimas. Momentos cravados, feridos, e nunca esquecidos.
As razões e justificativas sobre o comportamento do ser humano são inúmeras que carecem de cuidados quando se quer conviver em família. É entendimento dialogado, uma solução para compreender o rosto triste por uma falta sem culpa de tudo que vive inconsciente ao agir. Cada segundo é uma experiência importante e pode explicar as razões de mais uma geração que sofre. Afinal o ciclo é difícil de quebrar quando não se sabe falar e escutar.
E, se cobra. Há cobrança de amor por parte do próximo, afeto momentâneo que não há como prestar contas com disciplina. Como se doar sem conhecimento do saber se entregar? Dói pagar pela culpa de outrem. Dizem que a gente briga com quem a gente confia, e juntando alguns casos, o amor realmente tem dessas, ele não é a parte mais doce, perfeita, e colorida do planeta, o amor tem seus lados e seus mundos algumas vezes contraditórios.
Compreender e tentar mostrar a indiferença, será, meu Deus, a solução? Como o amor será doado por quem se sente mais intimo com a dor? Se da chances de confiança, mas como conseguir ocupar esse espaço de verdade? Presentes. Não, a inocência de dizer que não sabe dizer e agir com amor. Me ensina?
Há amores e amores. Amor calado, abafado. Amor exausto. Amor transparente. Amor íntimo... Cada um aprende uma forma diferente de amar. Convivência, histórias passadas. Reflexo de cada instante da vida que revela o quão é importante os sentimentos.
E no meio disso tudo o mundo te obriga a criar o seu mundo, ninguém irá esperar por uma reflexão sua, só o ser pode calar-se, escutar-se, largar o mundo por alguns instantes, refletir e retomar a rotina com argumentos e vontades de fazer diferente, amar outra vez sem medo ou culpa, não ter receio de arriscar quando se pensa em correr para sorrir ou abraçar alguém.

domingo, 7 de julho de 2013

Despedida

Uma lembrança, uma palavra, uma história...
Um segundo, uma decisão, um adeus...
A vida tem dessas coisas que às vezes não precisamos entender, simplesmente acontecem.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Entre as tábulas rasas

É importante a falta que o vazio faz;
Surpreendente, o todo pode ser um conjunto vazio.
Necessidades supridas, vontades em dias, rotina inexistente.
O cheiro suave e novo de um papel em branco.
A ansiedade de um grande espaço para preencher.
Escolher, ou quem sabe, criar e seguir sem maiores razões.
Para quê entender?

domingo, 2 de junho de 2013

A vontade de moldar, mudar de canal, refazer.


Nem sempre a vida pode seguir as ordens do nosso controle remoto. São tantos caminhos, tantas definições, tantos canais, opiniões, filmes e discussões.
É só fechar os olhos e o queria arranja espaço para todo e qualquer desejo. Vontade de modelar, desenhar cada instante, descrever de um jeito único e autoritário, refazer de um jeito consideravelmente certo. O pensamento pode ter muita energia para recarregar os acontecimentos da vida, mas nem sempre o encontro dos elementos certos na hora pensada sabem dar aos mãos e juntar os pontos do espaço.
Não é passar por cima de nenhuma lei, é por algum motivo querer um acordo para argumentar o quanto algo pode te fazer bem, o quanto e por quanto se quer tanto. Ao menos uma das solicitações "perfeitas" deveria ser atendida, porque por mais que a gente queira moldar tudo ao nosso redor dá para sentir que são os enigmas encontrados a cada dia os autores de prazerosos espetáculos da vida.
Sem querer ser cômoda, felizmente ou infelizmente, tudo depende de uma porção de coisas no mundo e nem sempre há entendimentos, há explicações que tentamos encaixar para aceitar os "porquês".



quinta-feira, 30 de maio de 2013

Sonhos soltos

Meu sonho, um dia, não é ser feliz para sempre.
Pode parecer meio louco, mas meu sonho é sempre novo, diferente e um enigma para a minha própria pessoa.
Meu sonho é a busca e a conquista.
Não quero que todo mundo saiba que um dia existi, quero construir histórias no mundo, na vida de alguém, com alguém.
Quero escrever coisas que em algum dia no mundo tenham um significado importante para alguém.
Sei lá de onde vim, por que estou aqui, nem muito menos o que virá.
Já pensei tanta coisa e continuo em pensamento.
Tenho tudo, tudo que me mantém viva, e ao mesmo tempo nada posso ter.
Até onde? Desvendarei.
Eu também não tenho lugar, tenho um nome, vontade de descobrir, vontade de viajar sem rumo com apenas um kit de primeiros socorros, uma câmera, uma caderneta e um estojo com canetas lápis e borrachas.
Fome? Abrigo? Telefone? Uma boa conversa resolve.
Meu sonho, um dia, é entender o que é um mundo melhor e tê-lo.
Enquanto isso... Vou modelando os artefatos que me foram dados.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Se tento, atento o ser momentâneo de ter²

Desvendo, reinvento.
Triste eu, feliz dom meu.
Ânimos, pele, flor...
Calibre do timbre aguçado por existir.
Vivo, sinto...
A toalha lhe esquenta, sabor.
Despir, voluptuoso a harmonia do ser;
Em súplica de gestos de afeto, de ser dois;
Ou pedido frio de liberdade, apenas um;
Quantas fases...
Rosto gelado, corpo ao vento;
Digno a mim.
Sem saber só ao agir;
Escrevo-me a ti, desenho, ar discos;
Como se palavras bastassem;
Imagino imagens tipográficas;
Sentidos, delírios...
Concretos para fazer o olhar de outrém entender;
O meu eu existir articulador.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Lei na linha do trem

Tem muita coisa fora da lei,
Tem muita coisa fora da linha.
Quando estava tudo na ordem chegou o quase e perguntou:
- Pra quê ordem?
Desordem... quando é que tudo vai acontecer como o "eu" achou que deveria ser?
Está nos trilhos, a gente que finge não ver o trem.