quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Desgaste

  Com certo tempo as coisas desgastam assim como nós. O desgaste é fato, mas há como se prorrogar através do cuidado, da atenção. Caso contrário o prazo de validade é antecipado e aquilo ou aquele que poderia durar anos, traça seu fim em apenas segundos ou dias.
  Há desgastes comparados a um monte de areia que a cada dia diminui por causa do vento, que espalha os milhares grãos que nela continha; e há os desgastantes como uma pedra raspada a força para chegar ao pó.
  O desgaste é o cansaço, e quando esta etapa chega revigorar é algo que custa muito, e talvez ,não haja por causa da acomodação habituada por nós, que deixamos o cansaço chegar e fazer morada nos destruindo cada vez mais.
  Cada escolha é um dilema e felizes daqueles que não se deixam levar. É tanta influência, é tanta burocracia que acabamos nos acomodando, sem que, nem pra que saber, o porque de tanto se dá.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Desabafo de fim de ano =/

  Porque a maioria das pessoas deixam tudo para fazer nos últimos instantes? É assim que acontece no fim do ano, e eu não estou falando de presentes e blá blá blá.
  Nesta época aumentam a dosagem de solidariedade, de gentileza, de perdão. Mas porque só no fim do ano? Fim de ano é só uma etapa, é só um acréscimo de ano, que determina mais tempo em sua vida, porém não significa dizer que tudo acabou ou mudou. Se você se olhar no espelho haverá a mesma face a não ser que faça plástica, mas não há cirurgia que não lhe reste nenhum traço de sua verdadeira identidade. E seus pensamentos será que mudaram? Não, não, eles podem amadurecer, e se você mudou completamente pode ter certeza que há algo errado e você precisa de um psicólogo. Ah, e seu habitat ainda é o mesmo? Eu espero que sim, ou você resolveu mudar para a selva? A vida por lá deve ser mais difícil, e com um tempo quem sabe você não se acostuma?
  Acontece que tanta gentileza é um prato muito cheio e pesado demais para quem não é tão acostumado a receber tanto agrado, ao ponto das mãos deixarem tal prato cair e "espatifar" no chão. Ser gentil, ser real, é algo que deveria ser rotineiro e já que não é, podemos concluir o porquê de tantos produtos artificiais no mercado capazes de definir seus autores.
  Será que seu estômago só pede comida no natal? Será que você só ama quando há uma carta na sua porta dizendo que aquela é a pessoa certa? Assim como o amor, à vontade e o desejo não tem hora exata, pedi perdão também não, é um sentimento que precisa de espontaneidade e não de uma comemoração pra ser tirada de proveito e pedir desculpas. Oras se não houvesse o perdão ninguém erraria, e viveria em regras, porém nada de mudanças, pois são os erros que nos fazem construir novos caminhos e assim acertar através da diferença que leva a uma definição.
  Chega de usar pretextos é preciso viver sem medo. Ter cautela, cuidado pra não invadir o espaço do outro porque algo que pode estar no momento pra você, para o outro pode não estar. Mas nada de deixar de falar por orgulho, o que vale é a sinceridade que fazem momentos do dia a dia que são ditos como rotineiros serem especiais.
  Final de ano é bom para se fazer uma retrospectiva e traçar objetivos para o próximo ano/etapa, da qual você precisa melhorar alguns aspectos para se sentir melhor. É preciso ser verdadeiro consigo mesmo, mas não é só nesta época que você deve compartilhar emoções porque os sentimentos são espontâneos, e não te avisam quando vão chegar. Se lembrar das emoções somente nesta época torna o ser artificial, e creio eu que tal comemoração não tem este intuito, foram os homens que a moldaram assim, e cabe a cada pessoa definir e se definir melhor. Acho que falei demais!?

Névoa

Névoa, mas como um vento quente capaz de martirizar pela obscuridade fria, ou por embaçar a visão com sentimentos aquecidos.
São dois contrários que fazem bem, até com o vazar das lágrimas. Somente sorrir, vencer, fazem perder a graça de uma luta, reconstrução, do gosto adocicado que uma lágrima pode ter. Prove, aceite ou reprove, escolha.
Porque são com os pedaços dos erros que aprendemos a construir nosso confortável castelo.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Respostas

É tanta pergunta que me põe contra parede.
Perguntas que talvez eu saiba responder, mas não faz parte de uma realidade racional e independente.
Talvez as respostas nunca me sirvam, porque todas são emocionais e fazem parte de um sonho.
Mas há um outro alguém que possa me responder. Esse alguém talvez esteja tolhido em seus movimentos, com medo de externar suas opiniões.
E por falta de respostas, nada há, só um sonho de começo pensado, mistérios, e uma inexplicável semente que por não ter sido regada, nunca poderá conhecer as outras fases da vida.
E se tudo dependesse de uma resposta?
"Grita enquanto podes, fala enquanto te resta voz... Ama enquanto é cedo, e vive enquanto há vida."

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Há dias, há noites, há momentos, não há.

Tem dias que tudo acontece como fora do previsto, e mesmo sabendo que a vida é uma surpresa a gente ainda se surpreende, chora, e vive se perguntando sobre as coisas.
Tem dias que você se estaciona para pensar e tentar entender porque você está vivo, e é difícil esclarecer a resposta em sua mente. Você simplesmente vive, cumpre uma rotina e por frações de segundos, não é capaz de se questionar para recapitular algum detalhe.
Há tantas perguntas. Cadê? Por quê? Onde?
Chega um momento que você não sabe para onde ir, e fazer escolhas é uma decisão para alguém de muita coragem. E talvez seja esse alguém que vive escondido dentro de você, que precisa ser corajoso para enfrentar os desafios lançados pela vida.
Mas há dias em que tudo parece está errado, e você pergunta sobre o certo, afinal o que é certo? o que é errado? Será que o errado é certo?
Há dias que você encontra alguém que não esperava e esse alguém tá mudado, e ao olhar para seu interior você se pergunta o que têm feito de novo.
Há notícias que vão, há pessoas que vem, somem sem saber quando, nem o por quê?, deixam de existir em alguns corações, ou apenas nunca deixam de existir seja na memória ou no tato.
Há noites pensadas, roladas na cama por causa de algo que não foi feito, ou simplesmente por algum desejo.
Há tempos que você não sonha, há dias, há noites, há momentos, fotografias. Há alguém, não há.
O pior dos dias, dos momentos, é quando você não consegue mais suspirar, é quando sem esperar a vida lhe coloca um fim, sem você pedir ou sem dá permissão.
A vida simplesmente tira algo que lhe deu há anos e tudo que você pensou em fazer só ficará em sua alma, ou talvez, nas perguntas e expectativas que foram depositadas a você por aquelas pessoas que deixastes para trás.

sábado, 27 de novembro de 2010

Só, é a razão emotiva.

Talvez seja aprendendo a pintar com os próprios borrões que aperfeiçoamos as manchas para agraciar a aquarela pessoal.
Depois de um tempo a gente descobre que até folha de papel corta, e tudo se torna vulnerável. Se pode amassar, escrever, pintar, e uma vez manchada e preenchida, nunca, nada, voltará ao seu estado inicial que supostamente será uma a normalidade.
Sendo assim, é bom pensar, refletir antes de qualquer traço, apego, pingo ou corte, porque mesmo sem querer a todo tempo há diversas pessoas que nos cercam. Há pessoas não vistas mas atingidas, e há alvos de desejos a ser alcançados que não são predestinados de acordo com nossa intuição. É preciso pintar um quadro isoladamente que ao olhar ao decorrer dos dias as vistas não se cansem, e nem peçam outra paisagem radicalmente diferente.
Toda ação precisa ter certeza, e mil pingos da verdade afirmada pelo próprio coração. Porque a verdade absoluta é algo sempre a questionar, nos deixando nas mãos do sentido por trás da razão.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Fora de mim

O que há fora de mim,
Não é o externo;
De mim não faz parte;
O desconhecido até ser trocado;
Faz parte todo contato,
Até a prova e a mistura do interno,
Para as características,
Saírem de dentro de mim.

Fora de mim,
É o que não me faz;
Tudo aquilo que não me pertence;
Não é o discurso aloucado de repente;
Nem a previsão por aí a fora.

Fora de mim,
Pode haver por uns instantes;
O estrangeiro passageiro, que habita em nós;
A visão externa de um "eu" que não existe;
O que há fora de mim não é a minha definição vital.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tempo

E se o tempo couber em nossas mãos?
Quase todo o tempo, é levado pelo vento
Metade é guardada no pensamento
Será que o nosso tempo tem controle?
É a maior confusão controlar o tempo
Aperte Play sem medo e deixa estar
O Replay pode até ser usado, mas nada será igual
A melodia talvez seja a mesma
Brincar um pouco não é nada mal
Mas e se desse para voltar ao passado?
Será que seria possível resgatar as coisas certas?
Escolher as cenas, modificar, e até incluir novas ações
A cada minuto um novo lançamento, público e histórias
É melhor não arriscar
Stop! 
Foi apenas o roteiro de um curta metragem!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Atenuar ou reciclar

"Monóxido de carbono
Só doí quando eu respiro"
Será que o futuro é cinza
Ou os meus olhos estão danificados?
Talvez seja o sol tão forte
Avermelhando os órgãos
Não só humanos, mas de todo o ecossistema
Por falta de educação
Consequentemente irreversíveis
Cadê a inteligência para transformar as provocações?
Desequilíbrio é a palavra adequada
Como incendiar  uma floresta
E querer assistir sentado, em um galho seco desta,
Todo o espetáculo da faisca ao pó.
Mas o problema é que afeta a todos
Como um ciclo transformado em cadeia a degradar
E a condição de vida nos habitats ficam à deriva
A matéria tirada para lucrar, e os restos lançados no ar
Deixam um saldo devedor triplicado
Para não deixar o mundo derreter a ponto do cascalho se estilhaçar
E tudo e todos, não tiverem mais como se reciclar
Adaptar e atenuar será esse o jeito?
Ou reciclar a partir de si?
Tudo depende da consciência humana, ainda resta?
Porque só doí quando a pele fica em carne viva!


(Texto de Michele F. S. C. , inspirado pela citação de Caulos - "Monóxido de carbono, só doí quando eu respiro" )

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Idade

Idade
Caridade
Piedade
Dignidade
Da ida
Faz parte
Integridade
E cá pedir
Desfaz a igualdade
De dar felicidade
Pra se entender

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Expectativa

Espera a tentativa
Siga a trilha
Não olhe pra trás
Expectativa pensada
Se foi? Não mais

O mundo lá fora te quer
Mas nada de se render
O caminho mais longo te espera
Pra você nada esquecer

Esperto deve ser o seu defeito
Pra não deixar o coração responder
Quando a razão precisar decidir
Que caminho deve seguir?

Nada de esperar
Nem depositar essências
Nem todos os ares estão prontos para mudar
Alguns nunca mudam nem se misturam

Siga em frente e procure se entender
O seu "eu" deve ser o preferido
Só você sabe quando olha no espelho
Só você sabe quando quer enxergar
Não deixe seu interior te enganar;

Nada e ninguém se move por você
Se for, engano
Ninguém sabe ao certo
É tentar sem temer
Nada de esperar
E sim, agir por você

Você só
Só pelo seu individual
Sem medo de ser egoísta
Porque toda humanidade é
Sem perceber sabendo
Sem padecer

E se seu defeito falhar você evapora
Por explodir quando ninguém te sustenta
Por perceber que você é sempre só
Sem poder depositar expectativas
Sendo a tua mente seu único guia e aconchego.

sábado, 9 de outubro de 2010

Esperança

O mundo anda tão complicado. Todos os dias uma nova notícia, uma chuva de aberrações, parece que a cada minuto o seu espaço começa a diminuir. Guerreiros são aqueles que conseguem achar um lugar para gritar pela liberdade justa, sem invasão de territórios nem ao menos armadilhas.
Mas ainda há um mundo bom, não tão perfeito nem como antes, afinal nada é igual. Ainda há um mundo surpreendente, feito por pessoas que prosperam, pelos guerreiros que chegam a dar a cara ao tapa, e correm o risco de serem levados no meio da batalha.
Depende do olhar, cada detalhe reparado minuciosamente pode comover e revolucionar grandes causas. Mas a vida é tão agitada que os olhos nem conseguem enxergar.
A esperança é uma palavra tão gloriosa quando se quer o "devir" para melhorar. Porém, não cabe no mundo de cada pessoa, e somente no silêncio dos bolsos pendurados em nossos trajes, permitindo o vai e vem a cada troca de roupa.
Está tudo tão subjetivo, será que é a falta de coragem para estampar os problemas? será medo de arranjar uma solução que possa fluir em outra, e explodir o campo minado? É, fica tudo subentendido e cada pessoa decide tomar seu rumo, seguem conformados com medo da própria voz, que pode começar a mudar cada país através das mudanças feitas no seu mundo interior.
A esperança mandou surpresas para as complicações do mundo, que precisa desembaçar as suas lentes e enxergar os pequenos detalhes.

sábado, 2 de outubro de 2010

Agonia

Incômodo continuo
Impaciência calada
Olhar magoado
Tempo veloz que não te segura
Tudo de uma só vez
Alma que evapora sangue
Mancha externa
Palavras mesquinhas
O grito seco que te arranha internamente
Crime disfarçado
Dor
Medo
Segue de uma parada
Contusões
Perguntas
Agonia
Claustrofobia
Insensatez
-º Coração, que pecado?
-ª Foi apenas um momento insano!

Escreva sobre amor

 ?
Write about love!
É isso mesmo, esta foto da qual carrega a frase "write about love" seria concorrente da promoção lançada pelo Belle and Sebastian, onde os participantes deveria escrever com algum material não permanente, como giz ou carvão, a tal frase em lugares públicos ou privados.
Pensei em diversas ideias. Compartilhei, inventei, o que faltou foi tempo, resumido na simples lembrança de ter tentado.

?

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Imaginar

Feche os olhos, agora o mundo é seu e tudo o que você quer pode acontecer. Você pode mudar as cenas passadas, acrescentar o que deveria haver, desfazer aquele feito que acabou contigo. Você pode tudo.
Quando cada parte do seu filme passa a ter uma trilha sonora, você acaba vivendo outra vez, se colocando em qualquer lugar graças a arte de imaginar.
Muitos podem lhe apontar como louco, dizer que você vive delirando, mas pode ter certeza, são essas frequências mágicas que te tornam especiais.
Acaba sendo perceptível, até o que você há anos queria desvendar. É só fechar os olhos e se teletransportar que tudo flui.
Haverá sabor em coisas jamais degustadas, já imaginou o gostinho do vento? É como sentir o abraço do sol. São coisas inexplicáveis e depende do intimo de cada ser.
Fechar os olhos para imaginar os porquês, é uma grande reflexão de entendimento do surreal à terra firme.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Esconder por detrás das palavras

É mais fácil escrever na dor, ou quando raras alegrias batem profundamente em nosso coração. Chega a ser inexplicável, mas é só colocar no papel tudo aquilo que todo mundo sabe, mas faz questão de esconder ou deixar subentendido.
É tão simples e tão mágico, mas se perde por causa das grandes rotinas e padrões. Na verdade bons entendedores de palavras entraram em extinção.
Só resta o significado racional, poucos conseguem entrar em sintonia com a emoção. Mas, isso tem um lado bom, o de poder se esconder por detrás das palavras, porque nem tudo que está escrito necessita ser entendimento para o mundo. É uma questão intima.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Em algum momento

Em algum momento da vida precisamos entender que cada dia é uma página nova em branco louca pra ser preenchida, e se nela houver as mesmas coisas, as mesmas situações, as mesmas agonias, não será necessário criar o livro da vida (nossa vida), só basta tirar xerox sendo prático e perdendo assim todas as aventuras que uma página (vida) possa lhe proporcionar, ao tentar consertar um borrão de tinta ou até mesmo os desafios propostos por nós mesmos. Enfim, a cada amanhecer é preciso transformar, mesmo que os caminhos percorridos sejam iguais dependendo de você, haverá alguém/algo para te fazer sorrir hoje, alguém/algo pra te fazer chorar amanhã, e alguém/algo que fará você lembrar do ontem... e você precisa estar sempre preparado para saber lhe dá com as situações, para ouvir um sim ou um não, afinal faz parte da vida. As coisas, as pessoas são muito importantes, mas tudo depende de nós.

[dedicado a Doug]

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Não peça para trocar

Os anos passam
A vida vai e vem
Os momentos ficam, revivem e até convém
E tudo renova
Apesar dos pequenos traços teus
Marcas só suas
Reconhecidas por quem conhece seu intimo
Mas, você acaba mudando
Mesmo sabendo que seu lar sempre será um refúgio
Para o recomeço de um novo fim
Seus trilhos podem enferrujar
Você reconstitui e tenta outra direção
Cada viagem, novas bagagens
Passageiros convidados ou não
Faz parte
E não haverá nada para apagar
Momentos bons e incorreções
O bom da vida é aproveitar
Não pedir para trocar
Transformar o imaginário em real
Converter em sorrisos os empecilhos
Construir, passar por diversos caminhos
E mesmo que o medo te intimide
Ser determinado em suas escolhas
E na contagem regressiva do adeus
Transparecer só felicidade.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Vermelho azulado

Seu soubesse que essa cena iria acontecer, garanto que gravaria. Mas algo foi medonhamente limitado e frustrado, para parar o tempo e registrar por uma fotografia aquele momento. Nuances. As cores ocorreram com satisfação na imensidão do céu. Foi difícil achar o fim, e houve? Tudo ocorreria naturalmente e esta beleza chamou atenção. Toda àquela imensidão azul se misturou em diversas cores que se habituavam ao contraste. Destacavam-se as casas, a igreja, os coqueiros, os postes, as luzes amareladas os azuladas que piscavam e não paravam de ascender. Tudo isso, estava à frente do cenário mais lindo ou preocupante do mundo.
No fim ou começo, ficava a rigor dos olhos de quem conseguia ver o amarelo, o laranja, o vermelho vibrante que brilhavam no lindo, até logo, do sol. O primeiro pensamento foi de imaginação, mas foi preciso entender que era a pura realidade. O céu azul se misturou. A alternância foi brutalmente passada de cor a cor, pode entender como impacto ou um vácuo talvez pulado de uma folha a outra vazia e o final escrito após.
Neste começo sem fim, se dispersava as cores quentes produzidas pelo sol que se encontravam com a imensidão azulada e acinzentada do céu. Vermelho, azul. Havia um "arco-íris" comprimido em função de apenas duas tonalidades.
Mas tudo foi fruto de um fenômeno natural lindo, ou fruto de uma reação natural em contraste com os maus tratos humanos? Antes uma fotografia para relembrar o momento único e pensar, ou reparar o que há acima de nós!?

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Transparecer

Depois de um tempo você acaba aprendendo que o interessante não é o reconhecimento e sim o seu feito, suas ações. As coisas não possuem o mesmo valor para todos, afinal cada um atribui o significado que acha necessário, e você não pode ficar a espera das ações de outrem, basta agir. São inúmeros os brilhos que vivem ofuscadamente durante séculos e se alastram, como uma pequena faísca de fogo em um mato seco, quando conseguem arrancar do mundo uma mínima oportunidade. Não é preciso se preocupar nem divulgar, haverá um dia reservado para o brilho da sua estrela ser translúcido e se destacar dentre as outras. Tudo há um porque, e nem todo mundo precisa saber quem você realmente é, a sua essência é pessoal e somente as pessoas certas te reconhecerão.

domingo, 22 de agosto de 2010

Até quando

Quando os sentimentos vêem, quando tudo é pensado como um filme, quando você analisa minuciosamente cada passo, cada som, cada palavra...
Você reage, você rir só, você chora por dentro pra ninguém ver, você deixa as lágrimas caírem sem perceber, você lembra, é capaz de ser embalada por várias ou apenas uma canção.
Quando fazemos o auto conhecimento, quando nos colocamos frente a frente com o mundo. Quando?
Quando isso acontece você se faz distante, você reflete e pensa até mesmo em ser o único ser diferente, o ponto azul diante os milhares brancos.
E não somente suas atitudes, as outras pessoas ao seu redor, as coisas além conseguem tocar você principalmente na fragilidade, e os acontecimentos nos frustram, nos fazem refletir o que é certo ou errado.
Quando tudo acontece do lado avesso pra você e ninguém consegue lhe entender, quando você pensa nos opostos, quando o tudo vira nada, quando a realidade é despida só para você, quando você pensa em ser diferente e assim gloriosa a vida lhes mostra o contrário. Quando você quer gritar e é sufocado. Quando você acaba se sentindo só. Quando você quer entender, quando estaciona para se perguntar: até quando?

passaPREturo

Suas mãos gélidas, este passado presenteável
Sua voz muda, este presente constante
Seu infinito, este futuro idealizado.

Este passado

Todas as coisas pretendiam fazer sentido, se não hoje, amanhã, ou depois. Há coisas que martelam sua mete milhares de vezes como uma enxaqueca. Há coisas que você se pergunta milhares de vezes e não consegue encontrar uma verdade concreta. E se?
É tanta coisa, é tanta falha, é tanta vontade do arrisco passado. Há tanta vontade de colocar tudo como se quer, mesmo que para isso seja preciso quebrar as regras do tempo.
A gente anda pra lá e pra cá, a gente pensa: e se? Não, sim, talvez, a gente aposta, a gente vai e vem como ponteiros do relógio que traçam a mesma rota sempre, porém com um diferencial. A cada instante passado a bateria que alimenta o tempo cronometrado pelo relógio vai se esgotando e sua frequência já não é mais a mesma apesar de que a cada dia são vistos a mesma hora, os mesmos segundos, mas há uma resposta inexplicável como a questão do “se”.
Se naquele dia eu aquecesse minhas mãos com tuas palmas gélidas? Se não houvesse preocupações fúteis e fosse levada em conta a nossa dança? Se houvesse conversa? Se eu agisse sem pensar? E se?
São descobertas imaginárias porque todas as possibilidades não passam de fatos pensados cujo cada linha de pensamento obedece a uma abordagem diferente.
Passado é pretérito e ninguém pode mudar. Um segundo passado não é mais igual mesmo que você tente imitar, a sua própria assinatura é prova disto, são semelhantes, mas nunca tracejadas pelo mesmo contorno.
Talvez as maquinas sofisticadas consigam igualar. Mas não existe igualdade e sim semelhança. 2+2=4 cálculos serão sempre os mesmos, mas haverá ângulos, caminhos que o diferencie. Cada relógio exerce a mesma monotonia, mas haverá sempre uma diferença talvez a bateria esteja fraca atrasando os pontos ou talvez nós modifiquemos. O ontem se concretiza, o presente se faz e o futuro se idealiza, só há como mudar a partir do agora.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Aumente o som do coração

Era um dia lindo, tudo como o normal até o professor de arte passar a lição de casa aos seus alunos. Todos pegaram seus diários e o lápis para cumprir a obrigação como de costume, até que o professor virou-se para classe e saiu distribuindo o aviso no qual teria a lição de casa onde os alunos poderiam escolher se fariam ou não. Antes da leitura do aviso a turma toda estava na maior euforia, pois a maioria não iria se preocupar em fazer nem muito menos em copiar a atividade. Era algo inédito, e como ninguém deu importância de principio os avisos só foram lidos em casa ou em outro dia qualquer.
Na semana seguinte o professor de arte deu sua aula como de costume e não cobrou a tal atividade, até que um aluno virou para ele e disse obrigada pela lição, vou tentar cumpri-la até o resto da minha vida. O professor saiu gratificado da sala e todos tiveram a curiosidade pra saber o que havia de tão interessante na lição, até que uma menina virou-se ao aluno que tinha comentado sobre a lição com professor e perguntou a ele do que se tratava, ele pegou o papel e começou a ler:
Aumente o som do coração, mas não estabeleça direção, porque o tema será sempre o mesmo com personagens psicografados com canetas coloridas. Cada cor com um sentido, cada risco é um arrisco sem correção, cada espaço preenchido é uma gota da construção, para chorar e para sorrir. Adesivos, brilho são novidades para uma capa onde a cola ajuda a esconder as imperfeições, mas se um pingo de lágrima cair no pedaço do papel, imediatamente descolorirá e, a nova figura voltará a ser aquela que um dia artifícios quiseram camuflar.
Esta foi a lição de casa sem descrição nem obrigação, só por vontade á rigor.

[Ás vezes esquecemos de atribuir o valor necessário das coisas... e isso pode levar ao arrependimento quando não se pode mais voltar atrás]

domingo, 8 de agosto de 2010

Destinos

Destinos distintos
Extintos destinos
Por algum motivo deste
Faço meu hino
-
Escrito com vinho tinto
Desatina a dor
-
Arte contínua
Sem querer se perder
Desistir sem ser
Não! destino
-
Com alma
Talvez sentido
Se houver o contigo
Caminho com amor
-
Deste dito
Desejo o destino
Será!?

Troca, refaz, repara, requer, desfaz.

Troca, refaz, repara, requer, desfaz. É tudo tão rápido que chega a ser inexplicável, e por isso, tudo esta se tornando descartável. Não há mais apego, o medo é jogado no precipício, tudo é tão simples, tão fútil, tão complexo para entender.
Cadê o cuidado? Não há atenção. É difícil ouvir um coração chorar? Ele pode parar antes de você imaginar sentir dor. A qualquer tempo as batidas do peito não poderão mais gritar, e se você pensa que no dia seguinte pode colocar no lugar um novo cartão de memória, está enganado porque nada é insubstituível. O pior é que ninguém entende, afinal, o descartável agora é moda pra se vestir e, prático estamos sendo assim.
E quando vierem as interrogações? Julgados seremos nós por culpa do nosso próprio erro, por nossas opções. Não é fácil dizer que simplesmente aconteceu, nem insinuar que tudo é passageiro e que amanhã é outro dia, outra lição, outro filme. As lojas de concertos estão falindo não me pergunta por quê... A segunda vez se houver será desigual.

"Contriângular"

Visto que há uma história, ou conto? É um triângulo dividido em dois mundos. Uma reconquista, um desejo e um porto seguro. Envolvimento dividido onde um lado medonho pensa antes de agir e pensa de mais, ao ponto de se esquecer por tanto querer. A outra parte da história, aventureira, faz estratégias por desejos de querer. E eu pergunto como fica a base do triângulo, o mediador. Este, não demonstra, mas é indeciso parece querer tudo, todo momento.
É algo estranho e perceptível e, alguém precisa reagir. A falta de ação deixa os momentos em banho Maria e nunca como uma panela de pressão.
Um dia no interior ou no exterior deste triângulo, haverá a união entre dois pontos, a quebra deste ciclo criará duas alternativas podendo formar uma reta com duas partes destes e a busca por um ponto desconhecido gerando outro segmento, ou três bases separadas que buscarão por distintos destinos outros pontos para dar continuidade a seus segmentos de reta.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Conhecer

Ando por alguns lugares
Conheço todo o mundo
Desconheço
Canto contigo, canto pra ti
Em cantos floridos
Entre a folha seca e a chuva
Quero conhecer
Olhar nos olhos
Derrubar a brecha da parede
Ficar "cara a cara"
Sorrir para qualquer pessoa
Ser pessoal, sentir o íntimo
Fazer pular as palavras da carta para todos os ouvidos
Cantar as notas fazendo gestos
Se fazer presente
Entender, e quem sabe tocar o conhecimento.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Um ato revolucionário

Há algo que corroem os músculos
Rangem os dentes e me faz pirar
Há um ato revolucionário que grita abafado em mim
Por que aceitar sempre calado?
O rei do poder de frente faz temer o povo
O povo calado, indignado, sofrendo em silêncio, chorando seco
Injustiça frustrada
A formiga é a única que morde e faz arder
A formiga é a única que faz o volume que modifica
O incomodado ao invés de se mudar precisa reclamar, contestar
O que há no poder que faz o povo temer?
Não é nada errado gritar
Se fosse, não faria a menor importância queimar os direitos e deveres
Há um ato sufocado em mim,
Há um ato me sufocando
Meu corpo clama para uma revolução do devir
Deixaram morrer a certeza, a verdade
Fizeram valer os disfarces
Há um ato revolucionário que grita em mim
Imploro a inversão do poder
Colocar o rei no trabalho da massa
Fazer todos sofrerem iguais
Porque é o mesmo mundo
E os gigantes insistem em dividir
Porque o colorido da massa mata e a multicor do rico enriquece
Grita em mim um ato revolucionário
Onde tudo possa ser igual
Mas esta realidade talvez será só um sonho
Eu só posso mudar o meu mundo
Pois o ato revolucionário que grita em mim não grita em todos.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Mudo ao mundo

Ele era só e ao mesmo tempo cheio de olhares voltados pra si,
Sentado na calçada, de onde fazia sua morada, tentava enxergar as coisas de um modo mais bonito,
Quase impossível no meio de tanta desilusão, perigo, saudade.
E ele pensava, porque tinha deixado escapar tudo de suas mãos, porque tiraram metade de sua vida?
Porque ao ver sua situação ninguém mais lembra do que ele já foi, onde estão os colegas?
Lembrava da vida de antes, com sabor de sorriso, filhos, mãe, esposa, abrigo.
E tudo que antes te importava, hoje não é mais nada
Tudo que antes era deixado para depois, a vida tomou
Sem permissão e sem chances para tentar outra vez.
Agora, lhe restava a calçada, um par de sapatos, uma roupa velha de despedida, papelão, espuma mofada, e piedade.
Daria tudo para o mundo, querendo em troca suas vidas.
Se arrependia do valor que antes a calçada não tinha
Implorava por um relógio que fizesse voltar o tempo,
Prometendo amar, sentimento este, que nunca conseguiu fazer gritar em seu coração
Agora a rua é seu abrigo, seu maior valor que faz lembrar o ontem
Mesmo sem nada, ainda tentavam tirar o pouco que lhes restava, no meio de competição de comida, de saciedade.
E por vontade de não mais existir, deixava os outros arrancar seu sossego e aumentar sua fome
Os muros se tornaram refúgios para expressão de sentimentos
A arte, as palavras, eram os únicos e preciosos valores
Valor que agora é de sentimento, e antes financiado em trabalhos o que lhe tornava seco
Foi por não dá valor, foi por deixar em coma os sentimentos que haviam dentro de si.
Todo final de tarde anda sem direção, semblante triste, com esperanças, mudo ao mundo.
Ele que nada tinha, agora já não é nada, a não ser o rapaz da calçada.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Equilibre a balança

Cada minuto, cada dia, cada ano, cada instante, essas são as essências do tempo e fazem muita diferença, muita interferência.
O tempo muda, o espaço, as pessoas, várias vidas.
É bom dizer tanto faz, mas porque nada se faz para evitar lamentações?
Dizer talvez, é esquecer a opinião debaixo do travesseiro, é deixar a identidade por um tempo na janela, sendo modificada pelo tempo, pela chuva, pela falta de proteção.
O tempo é sem perdão, pois não há controle que faça-o repetir.
Pensar para agir talvez demore tempo de mais,
Agir sem pensar talvez seja errante de mais,
O que fazer? equilibrar a balança.
Se nossos olhos fossem capazes de perceber as coisas em momentos exatos, quem sabe o tempo não seria aproveitado mais minuciosamente!?
Perceber o passado não adianta, o que basta é o presente, pois o tempo futuro é território incerto de mais, para humanos tão inseguros.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Hoje, 20/07/10, dia do amigo... todos?

O clima prometia ser um só para todo o dia, mas o gostinho da chuva só predominou pela manhã. Bom dia! Éramos as únicas que apreciavam aquele fenômeno. Não ligamos para os respingos e brincamos na chuva com direito a repórteres e comentários.
Não somente por isso, mas estávamos felizes por ser dia do amigo! A manhã de abraços, cumprimentos de felicidade, frio e o colorido das sombrinhas rodando pra lá e pra cá.
E o dia foi passando, a chuva se foi, as sombrinhas guardadas, e os amigos partindo vez por vez, e por fim o pensamento dividido em diversos lugares e ocasiões.
O dia foi celebre a amizade, e porque a vergonha, o medo de ser lembrado? Os votos foram anunciados, mas há aqueles que por motivos inexplicáveis ou por rotinas apressadas ficaram presos na garganta.
Acredito que o mundo seja composto por partículas de essências, e cada tempo passado, dia, horas, semanas, as preciosas essências vão se apagando. Por quê?
Estamos cada vez mais dispersos, preocupando-se com a matéria e deixando os sentimentos escaparem de nossas mãos. Hoje comento sobre a amizade, amanhã posso comentar sobre o amor. Essas duas essências que a cada segundo passado não são mais belas, sinceras, singelas.
Por que trocamos um abraço por uma mensagem enviada por e-mails? Os e-mails são para aqueles que por traços do destino, tiveram que partir para outro lugar dando ênfase nas suas vidas longe de nós. E mesmo estes, neste dia especial, são lembrados com saudade, mas sem um gesto próximo como um telefonema, ou um encontro mesmo que rápido para um abraço.
Mas é sempre assim, quando temos amigos ao nosso redor, podendo vê-los, são poucos que fazem por valer, são poucos que abraçam, e mesmo que perto, os amigos acabam se tornando distantes. É preciso lembrar que estaremos ali, mas o destino é surpreso. É preciso viver o momento junto e não olhar a distância, lembrando da sua existência compartilhando segredos e medos. O importante é estar presente, rindo, chorando, sabotando, fazendo lembranças que mais tarde serão saudades significativas.
Ah, e os amigos que se foram para sempre, sem e-mail, telefone? Simplesmente colocaram status ausente por infinito. São amigos de saudades eternas que em dias como este você daria sua semana para retê-los. Amigos são pessoas que vem e vão, algumas inesquecíveis outras inexplicáveis, são pessoas que enquanto podemos tê-las precisamos unificar tornar cada lembrança futura com saudade de quero mais. Lamentar a perda é algo inaceitável, pois se ages assim, foi porque durante todo o tempo, nunca viveu intensamente. O bonito da vida é lembrar momentos bons e ruins que se foram juntamente com pessoas especiais, e quem sabe um dia reencontrá-las para acumular saudades para próximas oportunidades.

sábado, 3 de julho de 2010

A vitória

 Viver a cada instante, cada momento sem igual, viver sem medo, ter desejos, fazer o que se quer, ter limites. O importante é viver. Esquecer os medos, não se arrepender, arriscar e fazer. Se houver erros, haverá mais vontade, experiência, estratégias e com toda a certeza a vitória será mais apreciada.

O túnel de lençol e um gesto lindo

  As risadas altas e singelas contagiavam todo o "muquifo". A alegria tomava conta do ar. Estavam no quarto sobre a cama, duas primas que seguravam o lençol de um lado a outro, formando um túnel por onde passavam dois irmãos que riam infinitamente com a simplicidade de correr pra lá e pra cá debaixo do lençol.
 A empolgação não parava de aumentar, até que no decorrer da brincadeira, uma cabeça bateu na outra e o túnel foi desfeito para acalmar a situação. - A rosa pôs se a chorar e o cravo se entristeceu, ficou quieto e preocupado. Ouvindo o choro baixinho e vendo a tristeza da irmã, o pequenino abaixou a cabeça e perguntou o porquê daquela tristeza. Uma das primas explicou e disse para o pequenino pedir desculpas e abraçá-la. Olhando de um lado a outro, ele pegou as sandálias e foi até a irmã, chegou pertinho de seu ouvido e proclamou o pedido de desculpas. O momento foi tão lindo e com direito a créditos. Abraçaram-se e logo em seguida a menininha o desculpou, porém com voz de choro afirmou que sua cabeça ainda doía. O pequenino por surpresa virou-se e disse: "- Pela aê que vou pegar gelo, que sala". As primas riram e acharam lindo o ocorrido. O mais comovente foi a contestação para ele conseguir o gelo da mão de seus pais, esperneou e gritou espantado: "-Minha mãe me dá gelo para minha irmã parar de cholar". A mãe deu o gelo e correu atrás dele para tomar parte da situação. Preocupado veio correndo entregar o gelo sem reparar o seu arranhão na testa visto depois pela mãe. A família apreciava a situação.
  Depois de um tempo, o pequenino chamou a irmã para brincar, transformando o túnel em uma casinha de lençol, retomando as risadas e a alegria.
  Sejamos sensíveis e surpreendentes como as crianças, para socializar a harmonia entre os homens.

Baseado em fatos reais.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Entender

Eu queria entender um pouco mais sobre o mundo. Na verdade, eu queria saber quem o mundo é. Eu queria entender as pessoas, talvez, quem sabe assim eu entenderia os acontecimentos, os porquês e as definições das coisas. Quem deu nome ao nome foram os homens, e entender seus pensamentos e opiniões seriam estratégias fundamentais do jogo. Se eu me referisse a pele e a chamasse assim, todas as pessoas entenderiam, assim como se eu a chamasse de corpo. "A minha pele está ressecada", seria o mesmo dizer: "Meu corpo está ressecado". Apesar que, pele possui vários significados como corpo, e diante a estes vai haver diferença entre os dois. Mas a questão está quando eu quero falar de pele e atribuo outro nome. Se eu disse que pele é amor, ninguém entenderia... "Meu amor está ressecado". Seria estranho, mas garanto que se colocasse como costume viraria uma rotina dizer que pele é o mesmo que amor.
Por essas e outras, acabo concluindo que não há o correto, e nunca se sabe, nunca se erra, experimenta, se muda. Será que tudo é pessoal? Sim e não. Mas quem são essas duas palavras decisivas de ocasiões? São incrementos para uma saída, para o encerramento de um momento e início de outro. Não adianta discutir, o que seguimos são padrões, e que por estarem há tantos anos na midia é difícil mudar. Os conceitos acabam por concretos, as palavras sendo abreviadas e opiniões não esclarecidas, às vezes tapadas por acharem absurdo o direito de gritar, de expor. Mas entender é uma questão totalmente complicada de inicio, primeiramente porque todos pensam diferentes, o que dá direito aos entendimentos desiguais, e por fim, se tudo fosse ao nosso modo, imagine a quantidade de palavras que seriam dadas a uma coisa só.Haveria o desentendimento e tudo se tornaria complicado.
Talvez seja melhor aceitar, criar o meu pequeno mundo dentro deste em que vivemos, para o entendimento ser meu e para quem quisesse e pudesse saber. Talvez seja melhor assim... conformar, ou tentar entrar em consenso.

Tempo

Fico olhando o tempo
O tempo de cada
Um tempo por vez
Porque o clima depende do tempo
Tempo não só
Junto ao sol se aquece
Tem pó, poeira pra todo lado
Leva o vento com o tempo
Haja tanto tempo pra entender
Segundos distantes
Momento fugaz
A brisa do tempo briga com o vento sem querer tempo
Todo movimento causa frio
Congele o tempo e junte os ponteiros
Não há tempo, só!
Pede, entende que o tempo é conjunto
Basta ter sintonia
Cada um em seu lugar
Há hora pra chegar
O tempo não sabe aonde ir
É preciso um compasso, um maestro
O tempo pede aproveitar
Veja o mar, o balanço das ondas levadas pelo vento
Vai e vem
Caminham juntos seja lá como for
Se ponha no tempo sem se perder
Sábio é o tempo que se dá pra ensinar
Não há tempo sem céu, sem sol, sem luar
Só não há tempo
Tem, pois, a união de um tempo bom
No calor ou em pleno frio.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Mas o que aconteceu?

Os passos vão se tornando mais intensos
As batidas do peito só faltam falar
A angústia da espera transborda
A voz tremula repensa
Todo segundo é maquinado
O futuro já foi montado milhares de vezes
Os encaixes já foram ao conserto
E porque as peças não estão imatadas?
Pela pequena poça salgada neste vão
Pelos reparos
Por tanta espera, a união já não vai haver mais perfeição
A duração da história será dividida por milésimas vezes de pensamento
Toda recordação será eterna
Mas o que aconteceu?
Foi o amor.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Imagine a vontade

Ás vezes a vontade é de ser do tamanho das coisas
Ás vezes há vontade de arrumar o cenário
É a rigor!?
Aconchegante é a sensação de se encolher para estar em um só lugar
A vontade é estranha e boa ao mesmo tempo
Como estar debaixo de uma luminária imaginando como seria o céu com estrelas de uma só cor, ou estrelas coloridas?
E porque tudo há um porém?
A luminária tem fim e só funciona a energia, já o céu é infinito e nunca deixa de florescer nem que seja uma estrela.
Veja bem meu bem, quem pode entender?
A vontade de mergulhar naqueles poços de enfeite coloridos que brotam água de formas desiguais.
Mas não há a surpresa de uma borboleta, um peixinho, um sapo...
O chegar e o adeus do dia não seriam bons pela cobertura do seu teto, da proteção de sua tomada.
Dá calafrio pensar que sonhar é bom de mais
Ninguém tem medo de imaginar, porque esse fenômeno simplesmente acontece
Querendo ou não, sem sentir, nós somos criativos e é isso que faz um dia diferente do outro.
Pense, só, haveria um vácuo, e a velocidade do tempo passaria aos passos de uma tartaruga.
Pode parecer besteira e você não vai confirmar, mas eu sei que a imaginação é de vontade.

Besta?

Eta vida meu Deus
Gente que cai levanta com o sucesso
Gente que perde por falta de compreensão
Viva se entendendo, sendo você, te querendo bem
Não é vergonha fazer o querer
É um prestigio assumir os erros, principalmente consertá-los
Se um dia achares que tudo é besteira
Reconhecer estas será uma honra
Não diga que a vida é besta
Pois, quem a constrói é você.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Movimentar

Nada, vazio
Para, repousa
Repara, duvida
Olha, analisa
Age, tenta
Tensa se vai
Esconde, medo
Anda, movimenta
Ativa, vida
Muda, refaz
Não volta
Só completa o vazio
Se faz novo.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

...sem saber do "devir"

Era bem cedo, o sol se espreguiçava para raiar ao dia, e a cada instante as pessoas iam tomando rumos distintos. Havia um semblante de criança reparando todos os movimentos a sua volta e tentando se encontrar em algum lugar. Tão linda, tão encantadora, com sua pureza sendo degradada somente pela experiência de viver. Pegou sua sacola, sua boneca de pano e saiu caminhando, olhava o céu e achava tudo tão lindo, tudo tão mágico, sem saber do "devir".
Seus olhos brilharam ao ver o lindo arco-íris que florescia no céu, e depois de ter caminhado por um bom tempo, ela começou a perceber que o azul do céu não era mais puro como água. As nuvens acinzentadas aos poucos cobriam aquela imensidão azulada formando diversas formas, onde ela começou a decifrar alguns desenhos, que se desmanchavam e formavam outros, era um ciclo. O primeiro desenho percebido pelos olhos de jabuticaba da linda menina foi um pássaro, que aos poucos se desfazia para a formação de uma cruz. Ela resolveu parar de caminhar um pouco e entender o que acontecia, entender a natureza, entender o homem, entender o céu. Sentou na calçada, abriu sua mochila, pegou seu pequeno caderno e um lápis, começou então a escrever com um pouco de dificuldade o nome dos desenhos que apareciam no céu. Pássaro, cruz, boca, olhos, flores, uma gota. Olhou várias vezes o que tinha escrito, e começou a refletir pedindo que as palavras pudessem explicar suas seqüências. Pensou durante horas, tinha perdido até a hora da escola, o sol já começava a incomodar, quando resolveu guardar suas coisas e voltar para casa. Levantou da calçada e seguiu de volta a seu ponto de partida. Suas roupas pareciam mais apertadas, o sapato incomodava, seu cabelo parecia estar maior, até que chegou em casa e percebeu que já não pulava para tocar a capanhia. Ao abrir a porta à mãe parecia não reconhecer a filha, e começou a perguntar o que havia acontecido, onde estaria aquela criança que pela manhã pediu para amarrar os sapatos? A menina não sabia o que dizer, foi quando a mãe pegou o espelho e colocou a sua frente. No mesmo instante a menina levantou-se e pós se a chorar. O silêncio, e os sussurros de tristeza haviam tomado conta do lugar. Dirigiu-se a mãe de joelhos e olhando em seus olhos disse: Mãe, hoje eu tive um dia mágico, olhei para o céu durante todo instante em que caminhava e então parei para observá-lo, ele me deu respostas tão tristes que eu não queria acreditar. Pegou seu caderno e leu junto com a mãe as palavras escritas ainda com letras garranchosas. Pássaro, cruz, boca, olhos, flores, uma gota. A mãe ainda estava surpresa e achava tudo um sonho, então a menina arrancou a folha do caderno e começou a rasgar em pedaçinhos dizendo e chorando: Agora eu entendo o que o homem faz... Tudo é dele e ele não sabe partilhar, ao contrário ele criou a discórdia, aplaudindo mentiras, acobertando seus erros, suas farças... É difícil ele perguntar, como está teu irmão... O homem simplesmente é ganancioso, e quer antecipar os fatos de maneira tão brusca a ponto de destruir o cheiro bom do ar, a flor que um dia pode desculpá-lo e impedir que seus olhos transbordem de lágrimas... O homem está se tornando algo tão indefinido ao ponto de antecipar o nosso próprio fim.
Depois de todo papel rasgado em minúsculos pedaços sobre o chão, ela abraçou a mãe que comovida pós se a chorar também. Sentindo o calor materno, a menina sussurrou: Veja como eu estou... Eu quero voltar a ser criança, e um dia consertar o mundo... Eu te amo...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Mudar

A rotina a cada dia começa a mudar,e aos poucos é preciso coragem pra encarar. Tudo é tão diferente, talvez eu esteja tentando andar outra vez, ou pronunciar palavras novas. Sinto um novo começo. Incertezas, solidão, popularidade, convicção. Eu vejo tudo a caminho, e me sinto a espera. Eu quero me mover, mas há algo me prendendo.
Imagine a maior caixa de presente do mundo... a cada dia diminuindo e chegando ao tamanho de um grão..

domingo, 9 de maio de 2010

Não é nada como parece ser!?

Ás vezes quem distribui maravilhas não é o maravilhado;
Teus conselhos são ótimos, mas nunca chamam a sua atenção;
Tudo que é dito há alguma razão.
Dificilmente uma bela canção é escrita com sorrisos;
Quem anda cantando pode ter um canto ou manto para desmoronar lágrimas;
Quem acha que sabe de tudo, um dia se encontra com o nada;
Onde foi o início? Foi aonde o fim?
Porque àquele que por vida ou acidente, tem ausência de algo, mas compensa a falta com o pouco, transformado em muito do que possui?
Ainda há quem reclame pelas pequenas britas do caminho de muralhas.
Entender ou compreender o que se tem?
Ouvir, julgar, concluir é entender;
Compreender é simplesmente aceitar.
Sorrisos constantes cansam e cala as informações.
É preciso sentir a terra com os próprios pés.
Quem te disse, não age conforme o mandato.
Não é nada como parece ser.
Porque o céu era algodão, um dia doce, e hoje modificado?
Porque a palavra "vida" esta contida na "dúvida" até na prática?
Quem é, duvida da dúvida que a vida custa a duvidar.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Querer!?

Eu quero sair sozinha
Deixar todo o mundo preocupado
Quero fugir um pouco
Quero mergulhar no desconhecido
Quero encontrar a certeza
Quero ver o mar a noite
Quero tudo e ao mesmo tempo quase nada
Eu quero cometer o errado
Eu quero cantar na chuva mais uma vez
Eu quero beber vinho e tocar violão na praia
Eu quero passear de balão
Eu queria tocar em uma orquestra
Eu queria fazer uma canção que me fizesse sentir
Eu quero esquecer o queria
Eu quero agir
Eu queroooo
Quero euu
Querooo
Quero gritarrrrrrrrr
Quero falar até com o mato da rua
Quero acolher o meu inimigo
Quero brigar, discutir, questionar
Quero me sentir humana
Quero fazer uma música em francês
Quero que as pessoas que amo, saibam o quanto eu retribuo
Queroo brincar com fantoches, rir do circo, chorar com o palhaço
Quero rir do maluco da praça
Quero pegar o ônibus errado
E parar no lugar certo
Quero experimentar...

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Insegurança

O inseguro é incerto
É o abismo, é a perca
É tudo que aos poucos de vento em transes
Deixando o ausente de ser presente
Desequilíbrio
É o querer sem ser
É o fazer e temer
É o medo, não sei o quê!?
Trauma que um dia possa quebrar
Desatar os fatos
E certamente...

Pisar em terreno firme!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Nossa emoção de viver!

Dizem que um gesto vale mais que mil palavras e eu afirmo que algumas palavras são mais valiosas que as coisas. O ser matéria pode lembrar, mas nunca comparável as palavras ditas, sentidas, escritas.
Talvez o que você diz, não é o que realmente quer, mas o que você quer dizer são palavras rabiscadas preenchendo um papel. Talvez o teu desenho atribua várias interpretações, talvez o objeto seja apenas um enfeite decorativo.
Ponha as palavras sobre a mesa, ou se conseguir, deixe seus sentidos falarem por você. Porém, antes da palavra falada, pense, eu não quero que você se cale. Calar-te é esconder-te, permitir o ponto em tua vida, ou talvez enganar-te, pois toda a verdade é sofrida mesmo que seja bem vinda, há um temor.
Se não há cor, age automaticamente o semblante. A presença não é eterna, o toque, o sorriso, o gesto, a mania, a voz, a troca, tudo é levado com o tempo. Apague a agonia, sinta-se vivo mesmo a beira do alfabeto e depois de algum afeto, pois o que vale é o coração, a nossa emoção de viver.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Meu "grilo"

Eu estava só, cantarolando;
De repente você apareceu;
Que susto eu tomei, será medo!?
Acho que tentei me defender;
Mas de quem? De você?
Tão pequenino, porém tão lindo e estranho;
Você também sentiu medo e recuou;
É verdade, somente você deveria sentir medo;
Eu tão grande, me movendo e espantada;
Tentei parar o meu objetivo;
Pensei, eu posso manter um diálogo;
Céus, será que estou em um conto qualquer?
Não desistir, executei minhas tarefas reais
Cadê ele?
Ele estava ali, se esforçando para sair do local
Eu precisava me despedir e ajudar
Mas ajudar a me deixar só!?
As coisas são passageiras;
Terminei o meu trabalho tentando conversar;
Estava "grilada" ;
Expliquei que não queria fazer mau nenhum;
Com todo carinho e ar de despedida o levei para voar;
Foi no dia 05 de abril de 2010 em que tive um amigo fiel;
Foi o dia em que eu aprendi a me desprender;
Nunca pensei em viver esta loucura gostosa e real;
Deixei o caminho dele livre para fazer outras companhias;
E guardei todo o momento como um encanto. 
Não ria!

Eu quis estar


Eu não prestei contas ao tempo e durante aqueles instantes as horas, os minutos, foram levados para bem longe de mim. Eu estava parada para as coisas, assim como tudo parou para mim. As pessoas presentes nem se faziam estar, eu estava em companhia de muitos, mas em sintonia somente comigo mesma.Eu fiquei a toa sem saber por quê. Não liguei para o meu penteado, nem para o suor que escorria, nem para as pessoas que saiam de cena, muito menos para aqueles que tentavam me acordar. Eu quis estar só e reparar as vozes, eu quis apertar a tua mão. Eu quis viver um sonho, eu quis saborear um momento, eu quis a ti, experimentar e talvez nada a mais.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Olhar, danças, cartas, vinho.


Meu olhar está se encontrando com o seu mesmo sem querer, ou com vontade de te ver, disfarçar, é dia a dia, ou penso.
Sem querer a percepção para nós já vista, escondia em aventuras, medo da escuridão amena;
Mas o encontro é vendado e misterioso, o tempo para, há uma foto tirada por nós. Querendo esconder, o olhar revela. Seu sorriso bobo em conversas além, sem te chamar você já está aqui.
O acaso foi a favor, apesar do sabor curioso que já havia entre alguém. Alguém sem nome, que já sabe aonde irá, alguém com desejo e medo de arriscar.
É blasfemar dizer que não há resposta, pois nada foi inútil e tudo esta fluindo. 
Porém haverá dívida, meu par de danças, se tudo não passar de uma fantasia, as cartas estão nas mãos em pleno baile de carnaval, e quando elas estiverem na mesa, cuidado ao beber o vinho, pois a taça quebrada manchará toda a esperança, além de rastros em formato de cacos afiados para ferir, querendo se alimentar de sangue.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Cena

Os filmes são compostos de cenas e elas possuem um propósito. Cada coração é tocado por uma cena. Há a "perfeitinha" que todos que assistem lembram. Mas há cenas que só o seu coração é tocado, e você volta uma, duas três, quatro, quantas vezes for preciso, até seu coração dizer chega e você sonhar em viver a ficção.
Tudo que marca é inesquecível, e a cena fica sempre em seu relato de memórias, um dia lembrado, com um sorriso gostoso, às vezes só comentado, ou às vezes querendo colocar em prática.
Me lembro de um sonho que foi uma cena e pensei que estava vivenciando. Olhei as estrelas deitada sobre a grama e encontrei um lindo sorriso dirigido a mim. Um dia quero criar o meu próprio filme.

quarta-feira, 24 de março de 2010

¿Con qué propósito?

O tempo está correndo, e eu fico me perguntando o que será, qual é o meu objetivo? As coisas se trocam, vem e vão, assim como a dúvida que não insiste em pressionar uma tecla apenas. Será que simplesmente ser feliz? É natural, e todo mundo quer ser feliz, mas a vida é um mundo contraditório... ou não!? É preciso tentar valer.
Eu volto à mesma pergunta, de ontem, hoje e amanhã. Qual o meu objetivo? É ser aprovada em alguma universidade? Também, mais e depois? Ser uma profissional? O objetivo é fundamental, mas deve ser grande, lutado, conquistado, e entre incertezas, é triste dizer que eu não sei se encontrarei oportunidades para cumpri-los. Eu vou tentar, e espero manter acesa a esperança de não me cansar em persistir. [...]

relatos!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Ah... cabou.

Acabou a cabana
A graça bacana já não há mais
O aperto sem jeito se esconde em desejos
A vontade veio ao vento
Pensamento deixou de ser silêncio
O ausente se fez inocente
Lembrados em momentos
A boca se calou para escutar
As poesias lidas em forma de canção
A fala se fez presente
Os risos vibraram contentes
Pena que o choro caiu em mãos
Em vão nada se foi.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Simples, porém ricas.

Simples são as pequenas coisas,
Nestas que encontramos as maiores riquezas,
Pode para alguns não possuir significados,
Este do qual o mais importante,
Séra dado pelos olhos de quem consegue sentir o que ver.

Vida

Este brilho pequeno
Sem direção, nem estrada
Histórias acompanhadas sempre a desejar
Festeja só, sem motivo, com risos,
Ninguém entende o que vê,
A transmissão da felicidade é distribuída com sucesso
Agrada-se a todos que ouvem
Mas como se não há orquestra, instrumentos, canção?
O mistério é simples...
Pra brilhar não é preciso a grandeza de ter
Nem mapas, para seguir uma estrada e chegar em casa
Afinal, a minha casa esta em ser
O número dois faz falta sim, mas já que você consegue se guiar,
Nada será melhor do que fazer sua própria história,
Onde a festa, terá personagens, cenários, como frutos da sua própria obra de arte,
Você pode parecer maluco, mas não há nada que possa substituir a música,
Feita pelos sussurros de quem festeja a própria vida.

Pessoas

Pessoas vão
Pessoas vem
Algumas discretas como ninguém
-
Pessoas falam
Depois se calam
Poucas esperam pra reagir
-
Pessoas choram
Sentem por falhar
Perder
Esquecer de sonhar
-
Pessoas se movem
Amam-se, encantam
Protegem
Rejeitam
-
Às vezes com máscaras
São ou querem ser outras pessoas
Disfarçam, mas não conseguem se enganar
O que se diz é farça pra outrem acreditar
-
Mil pessoas
Quer pessoas
A todo tempo, horas, dias...
Custando o desatar de nós
Talvez isso seja o quebra cabeça da vida.

Particulas de erros...


... Constroem um sábio.

O sábio se alimenta de poucas palavras,
De conhecimentos que os rodeia,
De experiências sofridas por erros inevitáveis.
Portanto, podemos comprovar que o sábio tem o direito de errar
Talvez se ele não cometesse esta injustiça consigo mesmo,
Ele não seria o próprio sábio
Mas há algo que faz toda a diferença
O sábio mantém o limite como de rotina e não insiste persistir no erro
Concluímos assim, que é necessário de tudo um pouco para viver,
Para formar grandes idéias,
Até que um dia, alguém prove o contrário.