quarta-feira, 27 de abril de 2011

Enigma

Eu queria sempre acordar com sede de conhecimento,
E que assim o mundo também acordasse;
Quero acordar para ver o que há por trás do transparente, do silêncio;
Tentar entender a maneira como tudo acontece, ou me acontece;
Talvez eu saiba ou não o que sou, por tanto mistério.

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

"Violência, também?"

"Esses desastres, esses crimes, tudo isso é desespero, o povo está sem esperança e nem sabe. Então fica subindo nos postes, dando tiro à toa, bebendo querosene e gasolina de aflição. Medo. Eu estava assim desorientada. Agora sei o que vou fazer.
- Violência, também?
Não consigo mais ficar sentada, me levanto. Assumo o risco... Confesso que estou mudando, a violência não funciona, o que funciona é a união de todos nós para criar um diálogo."
Telles, Lygia Fagundes
As meninas - Pág.146.


 Em uma parte do meu tempo reservado para leituras, incrivelmente relacionei este trecho com o que está acontecendo no mundo, e que na verdade sempre aconteceu, porém, a cada tempo pior. Concordo muito bem com o trecho acima, às vezes, para vencer não é preciso revidar com a mesma moeda, um diálogo passivo basta.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Caos

O que somos?
O que fazemos conosco, com o outro?
O que pensamos?
Quem queremos ser?
Um alguém inconsequente, é fato.
Estático para a justiça sem medo do perigo.
Quem está do seu lado pode a qualquer momento te atingir.
União, palavra muito bem guardada, a base para o ser da sociedade que não é.
E por assim viver assistimos paralisados a falta de limite do ser humano.
Relevando, se acostumando com o que não deveria.
Estamos secos de pensamentos e presos a mesquinhagem oferecida pela mídia.
Maquiavelicamente é necessário nos prevenir.
O homem violentado precisa ser tratado para que amanhã não vire um revoltado.
Sentimento será uma palavra extinta, já que, qualquer ser pode saciar uma vingança.
Somos vítimas em nosso lar e nada é seguro, a ponto, de não mais dormir e sim descansar.
É preciso agir diferente, pois o mundo está cada vez mais distorcido.
Reciclar as ideias, saber o que é cidadania e lutar para este principio não morrer conosco.
O que queremos ser? Alienados a espera de ser a próxima vítima?