Existe.

Há um tempo, há um instante;

Há um ano a ser pra sempre;

Há!

Aquilo que o coração pulsa e os olhos são passíveis de acreditar.

Um divisor de águas, de opiniões e de ser;

Um controle que não é mais seu;

Mas que há um desejo na entrega, por saber que há um querer bem.

Antes que meu eu já assim estivesse;

Antes que toda história fosse história;

Antes que o sim fosse sim;

Antes do nada.

Por onde iremos?

Por um caminho já seu.

Do ser reconhecido pela palavra;

A testemunhar o que os olhos são passíveis de acreditar;

Mas o coração pulsa acreditar.

Um acesso de braços abertos,

Mas que nem todo ser entende e abraça.

Doação e confiança. Entrega. Amor.

Se doar, na completude, sermos um.

Menino...

Minha lembrança constante;

Meu presente, meu instante,

Minha distância sem distância...

Pois sempre estarei a lembrar de um início constante;

Pois não há um olhar sem te lembrar;

Pois há em nós iminentes horizontes...

No carinho, nas discussões e declarações;

Nos desenhos de afetos que se doam, nos perdões, nas lágrimas e sorrisos.

Na coragem de ser inteiro e sem metade;

Na completude e na espera de sermos um.

Faz calafrio! Pensei alto.

Por qual razão acreditar?
Os dias sem se perguntar,
Os se perguntar um, a sós.
Como está o dia?

Prefiro ainda buscar...
Como as orações e conversas esquecidas,
Pois o sono já chegou.

Eu quero acreditar
Nos abraços infinitos
Nas despedidas sem idas
Nos sonhos...

Faz frio
Faz calafrio
Cala o frio
Calor a fio

Precisamos rever
Ver o quanto dá pra advinhar

A vergonha
O tato
A velocidade
O tempo
O tato

O perdão de um pensamento alto.

Deu um poema!

"Saber é portanto descobrir que se acaso não houver a descoberta todos os dias, meu coração não se alimenta de ti.

Teu coração para além de meu, tem que ser coração todos dias e, todos os dias ser também o meu coração...

Ou por acaso não sabes tu que o coração meu acha virtude em ser vicioso de ti?"

*Allan Freitas (autor)