segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Transparecer

Depois de um tempo você acaba aprendendo que o interessante não é o reconhecimento e sim o seu feito, suas ações. As coisas não possuem o mesmo valor para todos, afinal cada um atribui o significado que acha necessário, e você não pode ficar a espera das ações de outrem, basta agir. São inúmeros os brilhos que vivem ofuscadamente durante séculos e se alastram, como uma pequena faísca de fogo em um mato seco, quando conseguem arrancar do mundo uma mínima oportunidade. Não é preciso se preocupar nem divulgar, haverá um dia reservado para o brilho da sua estrela ser translúcido e se destacar dentre as outras. Tudo há um porque, e nem todo mundo precisa saber quem você realmente é, a sua essência é pessoal e somente as pessoas certas te reconhecerão.

domingo, 22 de agosto de 2010

Até quando

Quando os sentimentos vêem, quando tudo é pensado como um filme, quando você analisa minuciosamente cada passo, cada som, cada palavra...
Você reage, você rir só, você chora por dentro pra ninguém ver, você deixa as lágrimas caírem sem perceber, você lembra, é capaz de ser embalada por várias ou apenas uma canção.
Quando fazemos o auto conhecimento, quando nos colocamos frente a frente com o mundo. Quando?
Quando isso acontece você se faz distante, você reflete e pensa até mesmo em ser o único ser diferente, o ponto azul diante os milhares brancos.
E não somente suas atitudes, as outras pessoas ao seu redor, as coisas além conseguem tocar você principalmente na fragilidade, e os acontecimentos nos frustram, nos fazem refletir o que é certo ou errado.
Quando tudo acontece do lado avesso pra você e ninguém consegue lhe entender, quando você pensa nos opostos, quando o tudo vira nada, quando a realidade é despida só para você, quando você pensa em ser diferente e assim gloriosa a vida lhes mostra o contrário. Quando você quer gritar e é sufocado. Quando você acaba se sentindo só. Quando você quer entender, quando estaciona para se perguntar: até quando?

passaPREturo

Suas mãos gélidas, este passado presenteável
Sua voz muda, este presente constante
Seu infinito, este futuro idealizado.

Este passado

Todas as coisas pretendiam fazer sentido, se não hoje, amanhã, ou depois. Há coisas que martelam sua mete milhares de vezes como uma enxaqueca. Há coisas que você se pergunta milhares de vezes e não consegue encontrar uma verdade concreta. E se?
É tanta coisa, é tanta falha, é tanta vontade do arrisco passado. Há tanta vontade de colocar tudo como se quer, mesmo que para isso seja preciso quebrar as regras do tempo.
A gente anda pra lá e pra cá, a gente pensa: e se? Não, sim, talvez, a gente aposta, a gente vai e vem como ponteiros do relógio que traçam a mesma rota sempre, porém com um diferencial. A cada instante passado a bateria que alimenta o tempo cronometrado pelo relógio vai se esgotando e sua frequência já não é mais a mesma apesar de que a cada dia são vistos a mesma hora, os mesmos segundos, mas há uma resposta inexplicável como a questão do “se”.
Se naquele dia eu aquecesse minhas mãos com tuas palmas gélidas? Se não houvesse preocupações fúteis e fosse levada em conta a nossa dança? Se houvesse conversa? Se eu agisse sem pensar? E se?
São descobertas imaginárias porque todas as possibilidades não passam de fatos pensados cujo cada linha de pensamento obedece a uma abordagem diferente.
Passado é pretérito e ninguém pode mudar. Um segundo passado não é mais igual mesmo que você tente imitar, a sua própria assinatura é prova disto, são semelhantes, mas nunca tracejadas pelo mesmo contorno.
Talvez as maquinas sofisticadas consigam igualar. Mas não existe igualdade e sim semelhança. 2+2=4 cálculos serão sempre os mesmos, mas haverá ângulos, caminhos que o diferencie. Cada relógio exerce a mesma monotonia, mas haverá sempre uma diferença talvez a bateria esteja fraca atrasando os pontos ou talvez nós modifiquemos. O ontem se concretiza, o presente se faz e o futuro se idealiza, só há como mudar a partir do agora.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Aumente o som do coração

Era um dia lindo, tudo como o normal até o professor de arte passar a lição de casa aos seus alunos. Todos pegaram seus diários e o lápis para cumprir a obrigação como de costume, até que o professor virou-se para classe e saiu distribuindo o aviso no qual teria a lição de casa onde os alunos poderiam escolher se fariam ou não. Antes da leitura do aviso a turma toda estava na maior euforia, pois a maioria não iria se preocupar em fazer nem muito menos em copiar a atividade. Era algo inédito, e como ninguém deu importância de principio os avisos só foram lidos em casa ou em outro dia qualquer.
Na semana seguinte o professor de arte deu sua aula como de costume e não cobrou a tal atividade, até que um aluno virou para ele e disse obrigada pela lição, vou tentar cumpri-la até o resto da minha vida. O professor saiu gratificado da sala e todos tiveram a curiosidade pra saber o que havia de tão interessante na lição, até que uma menina virou-se ao aluno que tinha comentado sobre a lição com professor e perguntou a ele do que se tratava, ele pegou o papel e começou a ler:
Aumente o som do coração, mas não estabeleça direção, porque o tema será sempre o mesmo com personagens psicografados com canetas coloridas. Cada cor com um sentido, cada risco é um arrisco sem correção, cada espaço preenchido é uma gota da construção, para chorar e para sorrir. Adesivos, brilho são novidades para uma capa onde a cola ajuda a esconder as imperfeições, mas se um pingo de lágrima cair no pedaço do papel, imediatamente descolorirá e, a nova figura voltará a ser aquela que um dia artifícios quiseram camuflar.
Esta foi a lição de casa sem descrição nem obrigação, só por vontade á rigor.

[Ás vezes esquecemos de atribuir o valor necessário das coisas... e isso pode levar ao arrependimento quando não se pode mais voltar atrás]

domingo, 8 de agosto de 2010

Destinos

Destinos distintos
Extintos destinos
Por algum motivo deste
Faço meu hino
-
Escrito com vinho tinto
Desatina a dor
-
Arte contínua
Sem querer se perder
Desistir sem ser
Não! destino
-
Com alma
Talvez sentido
Se houver o contigo
Caminho com amor
-
Deste dito
Desejo o destino
Será!?

Troca, refaz, repara, requer, desfaz.

Troca, refaz, repara, requer, desfaz. É tudo tão rápido que chega a ser inexplicável, e por isso, tudo esta se tornando descartável. Não há mais apego, o medo é jogado no precipício, tudo é tão simples, tão fútil, tão complexo para entender.
Cadê o cuidado? Não há atenção. É difícil ouvir um coração chorar? Ele pode parar antes de você imaginar sentir dor. A qualquer tempo as batidas do peito não poderão mais gritar, e se você pensa que no dia seguinte pode colocar no lugar um novo cartão de memória, está enganado porque nada é insubstituível. O pior é que ninguém entende, afinal, o descartável agora é moda pra se vestir e, prático estamos sendo assim.
E quando vierem as interrogações? Julgados seremos nós por culpa do nosso próprio erro, por nossas opções. Não é fácil dizer que simplesmente aconteceu, nem insinuar que tudo é passageiro e que amanhã é outro dia, outra lição, outro filme. As lojas de concertos estão falindo não me pergunta por quê... A segunda vez se houver será desigual.

"Contriângular"

Visto que há uma história, ou conto? É um triângulo dividido em dois mundos. Uma reconquista, um desejo e um porto seguro. Envolvimento dividido onde um lado medonho pensa antes de agir e pensa de mais, ao ponto de se esquecer por tanto querer. A outra parte da história, aventureira, faz estratégias por desejos de querer. E eu pergunto como fica a base do triângulo, o mediador. Este, não demonstra, mas é indeciso parece querer tudo, todo momento.
É algo estranho e perceptível e, alguém precisa reagir. A falta de ação deixa os momentos em banho Maria e nunca como uma panela de pressão.
Um dia no interior ou no exterior deste triângulo, haverá a união entre dois pontos, a quebra deste ciclo criará duas alternativas podendo formar uma reta com duas partes destes e a busca por um ponto desconhecido gerando outro segmento, ou três bases separadas que buscarão por distintos destinos outros pontos para dar continuidade a seus segmentos de reta.