segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Expor

Arrisco um disco para riscar qualquer cisco que se arrisque por existir.
Arrisco um risco sem medo,
Arranho um risco por não ser rico na ousadia do abismo.
Arranco um riso querendo um visgo,
Arranha-céus...
Como a doce solidão que rasga o céu cristalizado,
Não há rabisco nem programação das constelações a rimar,
É só vontade.
Arrisco querendo um riso,
Todos os discos,
De um visgo saboroso ,
E nada mais.
Ê solidão de arriscar,
Nada risco, só digo,
Observo os traços,
E volto para o abismo,
Que o arrisco prometeu ensinar.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Alma e braços

Se os olhos sorriem, a face recebe uma nova luz, um novo sorriso;
Se os olhos caminham horizontalmente em ligação com o outro, o corpo atrai;
Se os olhos se fecham delicadamente quando os corpos se aquecem, os corações conseguem ser escutados;
Se os olhos continuam fechados os personagens se entendem em uma profunda conversa silenciosa;
Se os olhos se abrem suavemente poderá surgir respostas das coisas que a boca temeu em pronunciar;
Ah, se olhos;
Se os olhos se abraçassem.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Fato, devaneio, confronto.

Estou cansada, estou com o coração nas mãos e há momentos em que mesmo refletindo não sei como agir...
O ajuste dos pesos são relativamente pautados a nossa capacidade de resistência.
Fechei os olhos, esqueci dos ouvidos e fingir não sentir meu paladar, tentei ser como o vento ou carregada por uma brisa aromatizada como nunca percebida antes. Voltei, perguntei, analisei, gritei, perdi a paciência, tudo para perceber o meu eu problema.
Viagens levianas precisam entender a importância da prisão imaginária.
Está chovendo, eu quero a luz que rasga o céu em chamas para me aquecer.

domingo, 12 de agosto de 2012

Sabe Pai...

As coisas acontecem e às vezes não conseguimos entender... Mas somos diferentes, agimos de maneiras diferentes e uma ação pode dizer milhões de coisas... É preciso olhar, apreciar, mergulhar em cada segundo e perceber um não ato como uma grande ação.
Proteção, distância, saudade, amor, carinho, indignação, aprendizado... São tantos fatos.
Sabe Pai...
"
Pode ser que daqui algum tempo
Haja tempo pra gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos".

Fragmentos finais (Fábio Jr.)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Seu coração

Seu coração é poeta. Seu coração acima de tudo não se ilude com falsas promessas, ou grandes e mentirosas ambições. Mas acima de tudo, às vezes sente falta de algo verdadeiro.
Seu coração é durão. Por isso que nem liga pra fila de pretendentes que tem à porta. Sabe que ele é incrível. Sabe se valorizar. "Risos". Ele sabe que tem características incomuns para simples ser normal. E que isso é fantástico. 
Seu coração esteve conversando comigo... E ele é um serzinho gente fina. Mas cá entre nós... Ele tem sérios medos de se magoar novamente. Mas é compreensível. Diz pra ele depois, com calma... Que tudo pode começar do zero novamente. Que ele tem um Direito, previsto na constituição brasileira, de que pode ser feliz.
Texto de Rafael.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Vago

Não tenho paciência sem démodé, com tanta coisa que não me convém falar, tenho paciência para pouca pureza pálida. Me importo com qualquer cisco, arisco a faísca que pode me fazer explodir ou voar, além, o que é novo me faz variar se tento um começo. Sei lá dessas vontades tortas e devaneios distantes que me silenciam, machucam as palavras, param o tempo por duvidar, entortam os meus sentidos, me faz pensar no humano que habita em meu território expulsório do estático. Sou louca, acho todo mundo louco e isso é pequeno.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Ponto. Reticências...

Devia ter, devia ser. Mais, menos, medidas de dever que por não saber o que é certo ou errado, só por sentir, a gente se esbarra em qualquer trilha, acaso é verdade.. "Mudamos... Aprendemos... Quem?"
Inconstantes desafios que nos rodeiam. (ponto) / ... (reticências) sei lá se existe fim, parada obrigatória ou rotas sem limites de horizonte.
Ah... Vem ver o sol!? Partir, andar, voar, rasgar o céu em chamas.
Vem descobrir o que dá.

domingo, 10 de junho de 2012

"Tristis"

Nem todo dia o arco-íris aparece para nós.
Nem todo dia as folhas amanhecem verdinhas.
Nem todo dia é igual.
É preciso reinventar, superar, articular.
Há dias que a tristeza sabe abraçar o nosso corpo inteiro, e tudo dói.
A esperança, as expectativas depositadas irritam suas emoções.
Inacreditável a surpresa da improvável perda, rejeição.
Qualquer vento incomoda, e qualquer lembrança arranha.
Mas ainda bem que chega o tédio do costume da lágrima seca, das coisas estáticas, de ser sem vontade.
Rezemos, pois este tédio precisa chegar.
A monotonia faz birra e logo mais se encarrega em dizer até breve.
Como recomeçar a colar os pedaços, a continuar escrevendo a história, a acompanhar a corrida do mundo?
Só não dá para ficar pra trás, esta sina é a dos segundos antes de congelar os momentos.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Humanos normais

As vulgas besteiras, atitudes fora do padrão são as mais geniais do mundo. Sorrisos estampados em pulos fora de hora, gritos desvairados, desejos mais excêntricos e eloquentes como um pomar no mar, olhares atraentes sem vulgaridade, motivos inventados para distribuir gargalhadas, nem que seja por um fio de cabelo com geometria singular. Ações benéficas e prazerosas talvez por isso vetada, pré conceituada.
Essas cartilhas efêmeras deveriam durar a eternidade como rotina. No entanto, esses enormes adesivos viraram comprimidos para desanimarmos quando a porcentagem de auto estuma regredir. Precisamos aparentemente viver no mundo de humanos normais, assim chamados e assim infelizes. 
Toda distração é rara como um instante mágico, e por isso volátil, a não ser que a criatividade e a atenção sejam sinais de alerta, e então, segundos de 24h podem fazer o corpo ser alma em ciclos saudáveis. Na verdade, vender, roubar o tempo, é não ser o que quer fazer e mais tarde máquina de um comodismo louco para admirar a arte de viver por saber que existem horas para haver tempo, inclusive para a estética do próprio intestino.

sábado, 12 de maio de 2012

Dia das mães e da "liberdade".

Segundo domingo de maio, dia das mães.
Esse ano (2012), prestigiaremos as mamuscas no mesmo dia em que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, á 124 anos atrás. Portanto, o 13 de maio se tornou mais especial.
Não que a abolição da escravatura desse total liberdade, conforto e sacies, mas teve valor representativo, de luta, de romper o cordão umbilical com os senhores perversamente donos da lei.
Essa história de luta sabe fazer transição com a dádiva de ser realmente mãe - esse ser tão questionado, amado e articulado.
Quantas mães choraram em busca de proteção para sua cria. Quantas mães souberam compartilhar seu afeto ao dar de mamar ao próximo. Quantas mães morreram juntas com seus filhos. Quantos sacrifícios. Quantas mães sabem rir, olhar.
Hoje se pergunta por qual motivo respeitar, por quanto tempo amar, que fim atingir. Estagnação, vergonha. Valores, retrocessos questionados.
É dia de luz.
Salve, oh mãe, salve, oh filho!
Salve a mãe da luta, do cuidado, da prevenção, do trabalho, do leite e de toda a vida.
Salve o filho que luta, que zela, que retribui.
Salve o esforço.

13 de maio de 1888 - Abolição da escravatura.
13 de maio de 1958 - Carolina Maria de Jesus lutava contra a escravatura atual, a fome!
13 de maio de 2012 - Alguém ainda luta, faz valer a história? Também luto pelas mães, feliz dia.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Desejo íntimo


Sonho com poemas literários que me envolvem e desejo presentes às melodias dos Beatles interpretadas. 
É tanta fantasia nesse espaço virtual, que antigamente e no meu interior chamavam de mundo. Mas enquanto espero imagino muito mais que algo, surpresas são sempre inesperadas com um toque de adrenalina. 
Assim desenho e errantemente vivo me protegendo não sei de quê. Só a mostrar uma meiguice fria, hitleriana, voluptuosa, fugaz, cheia de pecados insanos. E por dentro do estribo, sensibilidade apurada com qualquer detalhe.

domingo, 11 de março de 2012

Quanto

Há tempos e perguntas inquestionáveis de tanto se questionar.
Quanto vale a vida? Sempre me pergunto quantas gramas há nessa matéria.
Quanto valem as pessoas? Isso é muito relativo.
Estou quase sempre a tentar entender, talvez metáforas sejam eficazes.