quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Há coisas!

Há uma coisa que coisa;
E tantas outras coisas a desenhar;
E em instantes a fumaça que invade as telas dá inicio a um nova conexão com a casa ao lado.

Há coisas em poucos tempos;
Coisas que o olhar não consegue contar;
E depois de tempos se apresenta embaçado, e de tão perto sorri.

Após 144 coisas;
E pelas quintas, 25;
Há quase 6 meses atrás e há exatos 155 dias;
Da causa que coisa;
Em descoisar rumo a mais 30 coisas depois de "um dia de domingo".

Talvez para um “start” na largada de infinitas coisas...
De infinitas coisas que ainda estou aprendendo a ser, talvez ser, ar.

E volto a dizer, por isso, talvez: "Tanto tempo sem uma paixão palpável faz o coração pedir um tempo para reaprender a caminhar".
Mas agora quero ventos seguros nesta caminhada;
Quero ventos que me aqueçam em qualquer tempo e que eu também possa abraçar, sentir.

Mas ainda há muito caso a desvendar;
Pra descobrir a emoção da causa;
Do acaso que por acaso coisa;
Das três letras trocadas à dois;

Pois se arrumam coisas;
E coisa alguma se consegue arrumar;
Pois... Já é madrugada, e se não é, no meio do caminho já começa a esperar.

Entre as coisas, músicas, fotografias, figurinhas...
Entre tantas outras causas, encontros, mensagens, orações...

Uma música na madrugada, há quatro mãos, há pouco tempo, e há quilômetros de distância.
Um companheirismo camarada, tantas nuances,
Uma troca de dias, de poemas ditos e não pensados, de bom dias.

Um abraço pra sentir o coração, que vira poema, 
E concretizado, um turbilhão de emoções.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Te gosto

Te gosto tanto, tanto...
E por isso,
Não gosto tanto, tanto...
Dessa distância entre nós.

Te gosto tanto, tanto...
Mas “tanta” distância dói.
Te gosto tanto, tanto...
Mais tanto que ontem.

Não gosto tanto, tanto...
Desses intervalos distantes.
E por isso desgosto tanto
De admirar quanto tempo a areia tem para tocar os extremos da ampulheta.

Te gosto tanto, tanto...
Que te espero.
Te gosto tanto quanto o que é forte para se dizer.
Te gosto e espero que a espera não tarde a falhar.

domingo, 18 de outubro de 2015

Estradas!

Neste vasto verde mundo,
Onde as plantas ganham outra cor,
Pelo sertão, verdes flor...

Acostuma o seco que abre caminhos ao mundo.
Sonho alto...

Onde algum disse que nada há,
As mais belas flores semeiam,
Resistem a sede.

Onde em alguns cantos águas ainda jorram perto do céu,
E que belo ato, que belo gesto...

Onde a poeira como bolha de neve,
Encorpam formas, nuances e caminhos...

Cá o pão vem da terra, da raiz,
Como um ato sincero, e 
Sem nada nas mãos.

Tudo se dá nestas estradas.
Os sons, as formas, as cores, os gostos, o respirar...
Talvez para lembrar que somos terra,
E que coisa alguma levamos daqui.
Só detalhes, os mais simples, do interior.

Como  a natureza, quero me despir!
Sem medo de cada camada de poeira que a mim chegar,
Sem medo das gotas que de tanto pingar me lapidam,
Sem medo dos dias em que gota alguma não pingar,
Sem medo dos caminhos que o sol desenhará em meu corpo.

Sem medo!
Com coragem para ser um detalhe colorido para semear entre estradas do sertão.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Emoção exposta!

Externalizar o interno;
Se expor.
Emoção!

Não sei por que, nem pra quê?
O que é isso mesmo?
Emoção exposta. Não controla.

E por que, para muitos, intimida?
É estar, por vezes, sem nada nas mãos, só com sentimento!
Só tu, o corpo, a alma nua.

Por que esconder?
Por que o incômodo quando uma lágrima caminha sobre a face no meio da multidão?
Ser forte, de fato, é deixar as lágrimas rolarem sem medo dos “olhares vãs”.

domingo, 11 de outubro de 2015

Imagem e palavras

Imagem, ver, sentir
Palavra, ler, sentir

Imagem, imaginação
Palavras, pensamento

Imagem, desenho
Palavras, escrita

Imagem, branco
Palavras, silêncio

Imagem, todas as cores
Palavras, todos os sons

Se completam, se distanciam
Se singular
Uma união de sentidos.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

É luz!

Um olhar ligeiro;
Um foco;
Um segundo.

Entre um caminho e outro,
Um registro.

Entre raízes externas;
Um lugar distante.

Verde para colorir;
Madeira pra enfeitar e compor;

Uma imagem.

sábado, 12 de setembro de 2015

Por que esse poema?


Todo poema quer um tema;
Teima, trema, tema;
Mesmo que o tema nada tenha a declarar.

Toda rima tem um ímã;
Nem que seja pra brincar.

Há quem diga que haverá alguém pra questionar;
Por que esse poema?

Tão;
Cem;
Mundo;
Precisa terminar?

E esse ar?
Que é tão problema;
Quando a rima partir;
Alcançará um grande voo.

domingo, 26 de julho de 2015

Quando flor, eu vou.

Sentidos aguçados;
Brisas boas.

Calmaria e agitação;
Uma grande arrumação.

Achados;
Sem ti, dó.

As obras ditas;
Ação antiga, cantei.
 
Um dia;
Uma madrugada, quantas outras?

Comunicar agora;
Quebrar barreiras, desafios.

O tarde é cedo,
Pode ser meio termo.
Quando flor, eu vou.


quarta-feira, 4 de março de 2015

Arte não é coisa séria!


Certa vez, ouvi, e não de maneira certa, que arte não é coisa séria. Mas, o que é coisa séria? Quando ouvi que arte não é coisa séria, ouvi outras frases, como: arte não é coisa para trabalhar, ter emprego fixo, retorno financeiro. Trabalho sério é ser doutor, advogado, executivo... A Arte é subjetiva demais para se traduzir no sistema capitalista.

Certa vez, mais tarde, ouvi dizer, as crianças precisam aprender brincando, a arte é o coração do aprendizado. Mas, e o doutor, o advogado e o executivo...? Qual o coração do aprendizado deles? São os cálculos, as leis, as máquinas? Acho que pode ser. Eles certamente não ligavam para a tal matéria chamada Artes. Pra quê? É desenho e ponto? Um ponto são infinitas retas paralelas. A matemática, mesmo lógica, também tem traduções subjetivas. 

Certa vez, a alguns minutos atrás, ouvi o pensamento perguntar: Os cálculos, as leis, as máquinas, com quem estes dialogam? Com os doutores, advogados e executivos? E com que os doutores, advogados e executivos dialogam? Quase nunca, mas com pessoas também.

Certa vez, o pensamento gritou: eu disse que a arte era um coração bom, generoso, que quer aprender e ensinar, um coração de infinitas possibilidades. Mas, é um pensamento que leva tempo, paciência para sentir esse coração pulsar, para escutar o coração e deixar-se descobrir. Descobrir as cores, as formas, os aromas, o interior do interior, o externo, a vida. 

Certa vez, quase agora, quero afirmar, arte sim é coisa séria! Séria para ter coragem de construir e desconstruir, de inovar. A arte bota a cara no mundo sem saber as respostas que o mundo vai dar. A arte é subjetiva, tem muitos pés e mãos. Subjetivo é visualizar a arte como movimento, dança, teatro, cinema, música, comunicação... E Comunicação o que é esse trabalho? É subjetivo também?

Certa vez, há quase 4 anos, ouvi dizer que comunicação também não é trabalho sério, é muita loucura... É coisa de quem não sabe o que fazer e cai de paraquedas na universidade com muita moda e revolta. Revolta? É, uma vontade de revolucionar alguma coisa sem descobrir, muitas vezes, o nome da tal revolução.  Pois bem, revolução, arte e comunicação se relacionam e se entrelaçam quase sempre. Juntos, fazem grandes desfiles na avenida do mundo. A subjetividade encorpa tudo, são os campos de ideias que ganham vida nos atos de arte.

Certa vez, há quase 1 segundo, refleti: arte, independente do estudo, que é necessário e fundamental, pede passagem e a cada dia se mostra, em um ateliê, em cada história nova e retro lançada e escondida por aí. 

Certa vez, cansada de dizer certa vez, arte é identidade, autonomia, e inclusive está nos cálculos, nas leis, nas máquinas... Hoje, o mundo cansado e com preguiça de sentir precisa desse bem, mas não sente que deve se entregar por medo de não saber enxergar. Enxergar o mundo e suas diversas possibilidades.

Destarte, stop! Um surto do rato... Não existe esse negócio de coisa séria, coisa errada ou coisa certa. Existem coisas que em seus momentos se reinventam e, de fato não morrem, envelhecem, rejuvenesce, ganham muitos signos e sigmas por aí. Pois bem, certa vez, pode ser a vez certa.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Checkmate!

"Seu olhar vem comigo aonde eu vou
A gente se cruza e se quer bem
Entre olhares que se abraçam no infinito
Entre nossos mundos desconhecidos
O olhar faz o coração mudar seu ritmo de pulsar...".

Um estudo de caso, sem planejamento, onde toda e qualquer ação pode se tornar ofegante. E uma parada no meio do caminho é um infinito instante de um olhar que deseja, e de outro que quer ser desejado. Tudo é um sinal estratégico.

Mas esses olhares em cima do muro não sabem o que fazem. É um negócio promissor, mas ainda sem identidade com variações constantes no clima interno.

Há quem diga que um especialista em comunicação e relacionamento com públicos de interesse fosse a solução, no entanto, o especialista é um dentre os olhares da questão. É o próprio estudo de caso, mas desatado, embebido de emoção.

Tem todas as arte manhas para ser um case de sucesso. (E sucesso não significa laços de eternidade, mas laços). Contudo, de acordo com pesquisas, foi diagnosticado como especial: com o olhar paralisado sem a possibilidade  de ativar seus sentidos profissionais. Conclui-se então, que é, neste instante, um jogo de igual pra igual.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Poema besta!

Poderia ter ficado
Mas escolhi cantar
No meio desse olhar
Fiquei longe

Era pra se encontrar
Um samba nos uniu
Você se redimiu
Não soube aproveitar

Agora que mudou
Um outro a calhar
Mas quando a gente se encontra
Eu quero falar
Mas me desvio pra tão longe

Tento até disfarçar
A timidez e a distração me levam pra longe
Um ano e ainda há
Ninguém aqui a calhar

Só daí, eu vi
Na praça, um, dois, três
Acordes pra escutar, 
Lá, mi, sol, si
Quanta vontade de ficar
Boa noite!