domingo, 18 de outubro de 2015

Estradas!

Neste vasto verde mundo,
Onde as plantas ganham outra cor,
Pelo sertão, verdes flor...

Acostuma o seco que abre caminhos ao mundo.
Sonho alto...

Onde algum disse que nada há,
As mais belas flores semeiam,
Resistem a sede.

Onde em alguns cantos águas ainda jorram perto do céu,
E que belo ato, que belo gesto...

Onde a poeira como bolha de neve,
Encorpam formas, nuances e caminhos...

Cá o pão vem da terra, da raiz,
Como um ato sincero, e 
Sem nada nas mãos.

Tudo se dá nestas estradas.
Os sons, as formas, as cores, os gostos, o respirar...
Talvez para lembrar que somos terra,
E que coisa alguma levamos daqui.
Só detalhes, os mais simples, do interior.

Como  a natureza, quero me despir!
Sem medo de cada camada de poeira que a mim chegar,
Sem medo das gotas que de tanto pingar me lapidam,
Sem medo dos dias em que gota alguma não pingar,
Sem medo dos caminhos que o sol desenhará em meu corpo.

Sem medo!
Com coragem para ser um detalhe colorido para semear entre estradas do sertão.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Emoção exposta!

Externalizar o interno;
Se expor.
Emoção!

Não sei por que, nem pra quê?
O que é isso mesmo?
Emoção exposta. Não controla.

E por que, para muitos, intimida?
É estar, por vezes, sem nada nas mãos, só com sentimento!
Só tu, o corpo, a alma nua.

Por que esconder?
Por que o incômodo quando uma lágrima caminha sobre a face no meio da multidão?
Ser forte, de fato, é deixar as lágrimas rolarem sem medo dos “olhares vãs”.

domingo, 11 de outubro de 2015

Imagem e palavras

Imagem, ver, sentir
Palavra, ler, sentir

Imagem, imaginação
Palavras, pensamento

Imagem, desenho
Palavras, escrita

Imagem, branco
Palavras, silêncio

Imagem, todas as cores
Palavras, todos os sons

Se completam, se distanciam
Se singular
Uma união de sentidos.