quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ano velho ou novo?


Querendo ou não o próximo ano vai chegar. Um ano como as folhas de um caderno novo, pronto para ser preenchido. Podemos tentar fingir um recomeço como cada ano novo, mas o novo não será se coisas diferentes não forem feitas. Experimentar um fruto inusitado, uma banda de "outras bandas", uma dança qualquer e única, olhares, mergulhar em cada cisco de areia que passeia em seu corpo ou de outrem com o vento... Coisas simples que nos avisam e poucos percebem. Se continuarmos parado o ano novo só terá nome, pois será o mesmo de sempre inevitavelmente banhado por lembranças passadas irrecuperáveis que na maioria das vezes doem. O ser se faz, se decide, se deixa, se cria... FELIZ ANO NOVO a todos!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

"Retrospecto"

"ATICHIM" Poeira rola pra lá e pra cá.
Espaço vazio para a poeira dançar,
Embora não falte mobília,
Mas tinta,  pisos, e artefatos para uma reinauguração.
Mudanças, revoluções, fatos, confissões,
Tudo exposto, planejado ou nas "cochas",
Casa boa não dura assim.
Ou quem dirá, se é preciso,
Quem sabe um novo espaço para voar,
Voar ao vento rejuvelhecedor.

domingo, 23 de outubro de 2011

"voo"

É tanta coisa pra se fazer,
É tanta coisa pra se rever,
E o povo passa sem perceber que o voo do passáro pode salvar um dia qualquer...
Pois quem diria: o povo sumiu!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Arma branca

A educação pode ser uma arma.
Reduziram e maquiaram informações propositalmente,
Miram em mim quando eu sei que posso melhorar o ajuste da realidade do povo;
Aponto para onde quero quando estratego a massa para derrubar a prisão dos direitos humanos;
Basta de se calar, de temer, de ser ignorante.
Reação é um dever de todos,
Armados de informações e escudos antigovernamentais;
Ninguém deve te impedir de pensar;
Cabe saber ousar e querer agir;
Ameaço e me ameaço para tentar ser o diferencial com fome de justificar as cousas implantadas no mundo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Triunfo interno

 É algo estranho que me toca e me faz sentir dores profundas, o ar foge, e toda essa luz que brilha a noite parece me cegar. Lugar estranho, terra boa para repousar os pensamentos, mas nada que possa me revigorar e apitar como um sinal de alerta para que eu possa parar de olhar para trás, para que eu consiga me olhar. Exaustão sem sentido por algo que se segue só porque te dizem, e você sabe que precisa andar. Fome, desejo, 24 horas insaciáveis de um sono blindado. Sorrisos incertos de um disfarce eloquentemente eterno. Resmungos e reforços, e uma base mínima como uma flor do mato que num sopro se esvai. Eu sei e nada entendo.Voar, está tão difícil bater asas como borboletas, e tão fácil sumir como um arco-íris no ar. Que sobrem cores, ao menos o azul em mim.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Viagem eternizada pelo artista.

Pode parecer besta, mas eu ás vezes gosto que me chamem assim... Como o rapaz de violão nas costas, all star, gravata vermelha, camisa de botão e calças curtas, dizendo  "Bom dia, olá!" através de uma canção ressoada por uma flauta simples e encantadora. Recitando poesias, receitando lições de vida em plena incoerência para os passageiros preocupados, cansados de um meio dia vão. 
E sem saber, havia uma menina com vontade de contracenar as poesias com ele. Aquele momento sublime respondido por olhares tímidos, calorosamente com vontade aplaudir um trabalho fantástico que revolucionava aquele dia para ela tristonho, sem sentido, um dia de viver por viver. Na sua mediocridade de ser, sonhar, ela clama pela arte de mudar o mundo, talvez assim como ele que acredita ter dado os primeiros passos, e porque não? De quão tão simples, qualquer gesto se não fosse ignorado poderia fazer uma loucura desejada e envergonhada funcionar. Muda-se o dia, as formas de lugar, as formas de pensar, transforma-se a vida, quem sabe um dia!?

Baseado em fatos reais: 08/09/11 - Às 12:45h.

Curiosidade

Eu sempre soube, mas nunca pensei no instante, naquilo que esta prestes a acontecer. Vivemos tantas mudanças e as vezes nem sabemos realmente quem somos. Mentimos para nós mesmos e sem fingir perceber, levamos a vida. Quando a curiosidade nos toca é que começamos a sentir o que realmente precisamos saber, sem medo de errar ou acertar adquirindo defesas criadas pela própria essência.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

" i "

Eu penso tanta coisa e agradeço;
Eu peço tanta coisa e repenso;
Eu trilho meus rumos sem conhecer;
Eu conheço algumas coisas por viver;
Eu tenho vontade;
Eu tenho desejo;
Eu tenho vontade de uma revolução desejada;
Eu quero um espaço, sem precisar usar camisa de aço;
Eu quero sorrir e não chorar;
Eu não quero o mundo, nem quero tudo;
Eu quero,
Eu espero,
Eu sonho
Eu quero me entender de vez em quando.
Eu, eu, eu
Cadê você?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Esperança exaustiva

Em uma inospitalidade tamanha, caminha sobre vales, pés cansados das mesmas estradas e mãos ásperas na esperança de alcançar seus sonhos. Pequenos insetos distintos, algo que anda para lá e para cá sobre nossas cabeças, pairando no céu, retalhos de folhas secas espalhadas por um mosaico arenoso e uma brisa sem fim. Todo esse cenário faz a essência da caminhada em disfarce de pequenas lágrimas. E se parar e pensar, talvez não fosse o mais correto. Valsas preencheriam a performance ao abandono hostil. Se encanta quando qualquer canto correio venha ao luar. Persiste a insistência do amor a vida. Amor! Talvez por isso a esperança sempre possa ser reacesa.

sábado, 13 de agosto de 2011

Pai, filha!

O que é ser pai?
O que é ser filha?
É ser além do que imaginamos ser,
É uma troca incomparável.
Bênção? Deus te abençoe!

Tornado

Raio que ilumina e dói,
Raio que cega e faz sempre sangrar a vida.
Disfarce de uma estrela,
Céu sem atmosfera, fria ou quente, a queimar.
Ânsia de sentir uma leve brisa e se libertar,
Sufoco asfixiado de nada poder mudar.

sábado, 30 de julho de 2011

Aprendiz

Aprendemos vivendo, até sem viver, sem parar, sem querer.
A gente aprende quando cai, e o cuidado é absorvido para tentar não cair em pedaços no chão.
A gente aprende quando sorri que há vários sorrisos e nenhum é igual ao seu.
Ninguém é ninguém.
A gente aprende com um filho, que mesmo indesejado nos emprega o amadurecimento e se torna o bem mais precioso do universo.
Aprendemos até com um grão de areia. Nos olhos apenas um grão irrita.
Às vezes não enxergamos o que aprendemos, é preciso um pouco de sal na visão para saber cuida-la frequentemente.
A dor nos ensina e nos amedronta ao ponto de termos medo,
Medo de tentar outra vez por achar que tudo pode ser igual.
A perda, infelizmente, é o ensinamento mais sábio para quem sabe se despir de qualquer proteção.
Tudo que não imaginamos ser útil é importante sem perceber.
As cores nos permitem inúmeros sigmas.
O vermelho pode ser amor ou sangue e pertence a rosa.
O amor nos ensina a amar e saber o que é amar mesmo sem estar amando.
Há escritas que ninguém sabe decifrar mas declama e sente.
Estudamos, curiosamente para dominar o próprio dom.
Aprendemos que depois de um treino ou por lembrar, sabemos a origem de cada aroma que nos invadem.
Fazemos coisas sem sentidos para outrém e assim nos conhecemos.
Tentamos? O tempo ajuda, ele volta?
Há coisas que ninguém explica mas aprendemos a entender.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Trajetória sinfônica

É interessante quando alguém olha para você na rua.
É legal ter um bate papo gostoso com alguém.
É muito gratificante ser lembrado ao menos para dizer: Como vai você?
Mas é muito bom ver na prática a frase: Você faz a diferença!
É confortante um abraço, um gesto fraterno, uma palavra.
É marcante quando alguém olha no fundo dos seus olhos e diz: Obrigada por existir!
É motivo de viver olhar para os lados e perceber que alguém preocupado com você, sofreria muito mais com a sua ausência.
Agrados, tropeços, lágrimas, sorrisos, momentos compartilhados são todos únicos.
Fazer parte da vida de alguém pode ser fácil... O simples rapaz no ponto de ônibus pode chamar sua atenção por minutos e cravar lembranças em você, a pessoa irritante, o professor, o carteiro, tantas pessoas nos vêem e vemos sem se dar conta de quantas faces diferentes olhamos a cada dia. Todos nos fazem e nós fazemos parte.
Mas o que realmente é fazer parte? Não é o mesmo que se preocupar e sentir outrem.
É importante sentir o outro, entender.
Tarefas difíceis e tão simples para conviver.
Nessa reciprocidade laços podem não mais romper.
É seguro você se olhar e dizer: Eu tenho um amigo, aquele amigo (a), que até distante não estaremos em desconexo.
Amizade é trajetória sinfônica, não é ser apenas amoleto da sorte.
Ser amigo mesmo é virtude preciosa.
Olhar palavras, fotos, traços; ouvir músicas, voz; sentir o perfume; são registros confidenciais dignos de um grande confidente que ao lembrar faíscas tais, deixa brotar lágrima de alegria, sorrisos, de um nunca esquecerei você.
Feliz viver para ser.

(Michele F. S. C.)


FELIZ DIA DOS AMIGOS!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

blá blá blá, la la la, tchu tchu ru ru ru ru..

É tanta coisa dita,
Teorias, siglas,
Coisas que ninguém viu,
Só está no papel e é assim que se faz.
Um fio, por este estou
Sem saber tenho que ser
Digo não ao que quero,
Sim ao padrão por quê?
Para não perder a pose?
Hipocrisia é o aperitivo dos dias
Me interessa agora,
Eu mesma, e ideais.
Se alguém for de encontro, saiba escolher o caminho,
A favor da liberdade, sem pressa para aproveitar.
Cada detalhe é pouco, compactado,
Deste mundo, mínimo, grotescamente distinto.

sábado, 18 de junho de 2011

Fingir não ver.

  O que somos, o que fazemos conosco, com o outro? O que pensamos? Eu não sei, ninguém sabe e tudo continua se agravando. As notícias catastróficas vivem caçando evolução, e cada dia é mais um absurdo para guardar na história.
  O mundo esta cada vez mais distorcido, e quem esta do seu lado a qualquer momento pode te atingir. Ninguém é de ninguém, estamos entregue ao mundo e quem puder que se esconda debaixo do tapete.
  A lei de Talião prevalece para o ofendido e quem ofende, às vezes, é liberto pela morte não tão sofrida. Aquele que sofre também precisa de cuidados, afinal amanhã ou depois este pode ser o revoltado que tornara normal todos os desastres.
  Agir diferente é preciso. Alguém ainda lembra o que é cidadania? É fingir não ver? Conceitos. Parando pra pensar, até nossas casas virarão prisões. É o medo? Ameaço e me ameaço.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Nova mudança

  No espaço a cabeça fica rodando e tudo passa muito rápido, sendo possível ver apenas alguns trechos falhados e raramente nítidos. Fotos, letras, canções que trepidão e guardam passados. Territórios com adaptações propicias ao tempo que configuram o homem aos poucos. Contagia, mistura.
  Dá saudade da primeira sobremesa francesa que você fez pela primeira vez e que a partir da segunda, já não é mais a mesma. A grama que se fazia tapete de boas vindas em frente a sua casa, o muro que não existia, o concreto que não sufocava.
  E o tempo se torna curto digno de uma rotina mecanizada onde ninguém vira o rosto pra dizer "Oi". As pessoas não são as mesmas, maturidade, trauma, produto, mídia invadem. Numa atmosfera distante caio por terra e tento esquecer da mesma forma que me lembro, que respiro sem conseguir sentir o cheiro real de cada partícula do universo.
  Il est intéressant de regarder le monde et réparation de l'homme changement.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Enigma

Eu queria sempre acordar com sede de conhecimento,
E que assim o mundo também acordasse;
Quero acordar para ver o que há por trás do transparente, do silêncio;
Tentar entender a maneira como tudo acontece, ou me acontece;
Talvez eu saiba ou não o que sou, por tanto mistério.

( . )

quinta-feira, 14 de abril de 2011

"Violência, também?"

"Esses desastres, esses crimes, tudo isso é desespero, o povo está sem esperança e nem sabe. Então fica subindo nos postes, dando tiro à toa, bebendo querosene e gasolina de aflição. Medo. Eu estava assim desorientada. Agora sei o que vou fazer.
- Violência, também?
Não consigo mais ficar sentada, me levanto. Assumo o risco... Confesso que estou mudando, a violência não funciona, o que funciona é a união de todos nós para criar um diálogo."
Telles, Lygia Fagundes
As meninas - Pág.146.


 Em uma parte do meu tempo reservado para leituras, incrivelmente relacionei este trecho com o que está acontecendo no mundo, e que na verdade sempre aconteceu, porém, a cada tempo pior. Concordo muito bem com o trecho acima, às vezes, para vencer não é preciso revidar com a mesma moeda, um diálogo passivo basta.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Caos

O que somos?
O que fazemos conosco, com o outro?
O que pensamos?
Quem queremos ser?
Um alguém inconsequente, é fato.
Estático para a justiça sem medo do perigo.
Quem está do seu lado pode a qualquer momento te atingir.
União, palavra muito bem guardada, a base para o ser da sociedade que não é.
E por assim viver assistimos paralisados a falta de limite do ser humano.
Relevando, se acostumando com o que não deveria.
Estamos secos de pensamentos e presos a mesquinhagem oferecida pela mídia.
Maquiavelicamente é necessário nos prevenir.
O homem violentado precisa ser tratado para que amanhã não vire um revoltado.
Sentimento será uma palavra extinta, já que, qualquer ser pode saciar uma vingança.
Somos vítimas em nosso lar e nada é seguro, a ponto, de não mais dormir e sim descansar.
É preciso agir diferente, pois o mundo está cada vez mais distorcido.
Reciclar as ideias, saber o que é cidadania e lutar para este principio não morrer conosco.
O que queremos ser? Alienados a espera de ser a próxima vítima?

terça-feira, 29 de março de 2011

Gestos e reações

  O afeto é um sentimento tão puro capaz de ser encontrado em pequenos gestos. Estes se tornam únicos, célebres, importantes e até mesmo inexplicáveis, portanto essenciais para viver.
  Existem milhares de sinais que emitem o tempo todo sendo vistos ou não o gostar entre as pessoas, que consequentemente tornam a vida mais interessante. É o carinho fraterno que faz palpitar o coração de saudades e preocupação quando não se pode mais estar ao tempo todo sobre seus cuidados caseiros. A simpatia de gostar sem nunca ter visto tal pessoa e criar laços de amizades fortes, podendo assim dizer até eternos. A conexão de olhares que acontece por acaso ou por querer, que inevitavelmente deixam suspeitas para posteriores paixões. São inúmeros tais fatos que podem mudar o dia, ou a vida de uma pessoa.
  A saudade, o desejo de estar perto e de cuidar são atos incontroláveis não deixando negar o encanto. É tão gostosa a sensação do coração palpitando por alguém e talvez tão translúcida que suas reações físicas não escapam notar. As mãos tremulas, gélidas, suadas, a fala quase muda, os olhos cheios de emoção, que incrivelmente causam uma calorosa felicidade que você sabe, e não sabe, porque tais lembranças ou presença te fazem bobo, e até te levam para um mundo distante, quando estás a espera. Há sensações diversas que vividas frequentemente e recíprocas fazem brotar o amor, e gritar ao mundo que tal sentimento mesmo sendo usado em certas ocasiões impróprias, ainda possui valores significativos principalmente para aqueles que nunca deixarão de acreditar.
  Mesmo sendo singelo, o carinho traz consigo contrapartidas, mas não quer dizer que os pequenos gestos devem ser desprezados. Certo que há ações que depois de construídos grandes laços afetivos com o passar do tempo pedem um fim, ou sorrisos nunca retribuídos, mas não se deve perder a esperança da conquista, de deixar transparecer os sentimentos, pois são essas emoções que nos amadurecem e permitem a vida ser mais feliz. E um sorriso, um olhar não deixam de ser um ato revolucionário digno de paixão.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Fases

A tarde vem anunciando o fim do dia,
A noite vem pra ter certeza que o dia se foi,
A manhã acorda pra anunciar um novo dia,
E assim o tempo passa, as horas se repetem e formam dias,
Você se desgasta e isso é bom.
Roda o mundo que aos poucos satisfaz à todos.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Chuva e fome

  Quando chove as ruas se refrescam, dissipando toda quentura retida no asfalto que por consequência deixa o ar um pouco abafado, além disso, com sua estrutura toda modificada à mercê de alagamentos. E então a rotina torna-se mais difícil para quem transita nas calçadas e principalmente para quem a tem como abrigo, expostos a fome e outras armadilhas da vida.
  Nesta época quem tem sombrinha fica lutando com o vento para não se molhar com os açoites da chuva, quem não tem, corre desesperadamente para pegar um transporte e ir pra casa, ou até mesmo esperar a chuva passar até que possa ir para seu lar, e então fazer da chuva um cenário para o sono, filme ou romance. Mas o que fazem aqueles que sabem que quando a chuva passar talvez não tenha mais abrigo, que terá que esperar o chão secar para voltar a se deitar? Muita gente não se preocupa com esses detalhes talvez porque não consigam enxergar o que de fato acontece no mundo, ou porque se preocupam somente consigo.
  A coisa mais difícil do mundo é uma das quais deveria ser a mais fácil: se colocar no lugar do outro, afinal somos seres humanos com necessidades, capacidades e sentimentos semelhantes. Como seria morar nas ruas sem ter, somente sendo, lutando para sobreviver? É raro alguém pensar nisto.
  Há milhares de pessoas desabrigadas nas ruas, e o número não para de crescer. O mundo todo presencia, mesmo que se tente esconder nos cantos das cidades, as súplicas por ajuda que muitas vezes tem como resposta a ignorância, as desculpas de dizer que seu trocado dado poderá contribuir com o indicie de violência por achar que será um investimento para as drogas entre outros artefatos que possam te atingir depois. Não podemos negar que boa parte desses “trocados" é o meio do qual eles passam a consumir bebidas alcoólicas e até outros tipos de drogas, mas o alimento pra saciar a fome é cada vez mais caro e o que eles ganham mal dá para preencher uma parte do vazio de seu estômago. Sendo assim, não lhe restam alternativa a não ser consumir esses produtos baratos que agem como sedativos e enganam a fome até que um "milagre" aconteça ou que a morte "venha a calhar".
  Mesmo enxergando toda essa situação ainda tem gente que reclama porque somente por um dia lhe faltou um detalhe. Agora imaginemos como será faltar detalhes todos os dias? Talvez seja como um gosto que já perdeu seu sabor.
  Analisando todas as reflexões o que mais dói é a conclusão. Como seria viver no frio, na chuva, exposto a queimadura do sol, com fome; como eternos animais considerados de outro mundo, porque a todo tempo são descriminados por viverem como não querem? A situação é preocupante, poucos tem tudo e muito nada têm.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Marketing

Propaganda.
O povo acaba sendo bacana,
Recolhendo tudo o que dizem sem reciclar,
Querendo consumir, consumir, consumir.
Unificar é passado pois todos querem tudo,
E alienar é a moda mais fácil de se vestir.
Por quê? Até as crianças pararam de perguntar.

sábado, 5 de março de 2011

O Carnaval Baiano

   A brincadeira do Carnaval da Bahia é uma folia que atrai muita gente, e é nesta época que a cidade recebe um grande número de turistas para curtirem tal festa. A tradição pode ser aproveitada em diversas maneiras e locais da cidade, como no Pelourinho onde a festa é regada de fantasias, marchinhas, as batidas do Olodum, e entre outros atrativos que acabam dando o ar de cidadezinha de interior na cidade grande, onde tudo é mais "maneiro". Há também o Carnaval dos bairros, com bandinhas não tão conhecidas, mas que dá pra animar o povo que não deseja enfrentar a multidão sujeita a confusões e entre outros transtornos. Entre tantos, há o mais famoso, aquele que invade as principais ruas de salvador como a Barra, Campo Grande e etc., este é o mais disputado já que passam famosas atrações. É neste meio que quem observa começa a reparar certas imperfeições que fazem do Carnaval uma festa não tão boa assim.
  Há quem diz que o Carnaval Baiano é uma das festas mais democráticas que existem, mas o que é democracia mesmo? Democracia pode ser entendida como sociedade livre, igualdade perante a lei, visto terem todos os mesmos direitos.
  Agora associando essas duas vertentes, sérias perguntas começam a surgir. Por que a maioria dos trios possuem cordinhas? Ingressos em forma de abadás, que não agradam o bolso da massa? Tudo bem que há blocos que dispensaram as cordinhas e todos podem brincar fantasiados à rigor ou não, mas a maioria restringe a festa com esses artifícios.
  O que mais se ouve falar é que o Carnaval é de todos e para todos, mas isso só acontece por um deslize: o fato de a festa tomar conta das avenidas com alta potência sonora que acaba contagiando as pessoas por onde passam. Estas se empolgam e curtem tudo ao lado do cortejo, e não é à toa que ganharam o nome de "folião pipoca", sem se questionarem porque há restrições.
  Não é preciso acabar com os abadás, pois é uma maneira de obter o retorno da organização festiva, só é necessário reduzir o preço deste tal ingresso para que todos os bolsos possam garantir a alegria do Carnaval, e dá passe livre a todos, deixando as cordinhas somente ao redor do trio para proteger o folião. Mas, isso é uma sugestão para que o Carnaval passe a ter realmente o adjetivo que o atribuem.
  Apesar de tudo.. viva o Carnaval - brinque na paz!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Certa vez

Certa vez minha mente anda fora do lugar,
Querendo tomar o lugar do sempre,
Sem endereço, telefone ou até identidade.
Porque certa vez, estou aonde não quero estar;
Com a vontade de estar, sem falar ou sussurrar.
Certa vez eu pergunto quantas perguntas me fazem ou me faço;
Diga-me um porquê para não fazer o que devo, para ficar parada.
Eu ando, eu sigo, eu respiro;
Eu penso em nada, até em bom senso;
Eu me questiono que nome eu deveria ter, e por que nome?
Eu tenho medo!
Dói a palavra quando paro pra pensar;
E quando me pergunto, me releio ou me invento;
Pra que tanta resposta, se, não, sim?
E será que eu sei?
Eu sei que sinto,
Ao menos sinto o ar que respiro.
Certa vez me perguntam sobre o certo e o errado;
E sem saber eu digo com a ausência do dever de dizer por não saber.
Eu paro, eu olho, eu não estou certa vez;
Há alguma direção, algum sentido,
Certa vez tudo fica fora do lugar.
Eu desabafo, eu choro, meus lábios sorriem;
Eu tenho vontade de apagar e repetir.
Certa vez quem sou o "eu" que não se encontra nos lugares,
Pois a praça não é mais a mesma e tudo mudou;
O cheiro da grama mudou;
As pessoas mudam o tempo todo.
Certa vez eu acho;
Eu acho o diferencial em meio a bagunça.
Que agonia, que festa!
Vez por vez eu acho a falta que se faz,
Eu sonho, eu aceito, eu manifesto,
Certa vez eu grito sem me ouvir.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Pare pra pensar

Olá!
Você já parou pra pensar em quantos momentos bons você já viveu? E quantas pessoas você já conquistou? Talvez você diga poucas vezes, poucas pessoas, mas quantas vezes já passastes despercebido? Talvez você se lembre muito e diga muitas vezes, tantas vezes tive ideias e sentimentos brilhantes e ninguém nunca soube, mas você não é o único, outras pessoas também.
Há milhares de momentos simples e maravilhosos que você nem percebeu tanto, como dar bom dia a alguém especial ou simplesmente acordar bem e dar um abraço e um beijo em seus pais. Você deve está se perguntando e a minha primeira festa? meu primeiro amor? Esses são momentos marcantes e por assim ser, são as primeiras lembranças de momentos bons, que na verdade são inúmeros, porém despercebidos.
Quanto as pessoas, é difícil imaginar, pois a rotina do dia a dia corriqueiro acaba distanciando o pensamento, mas como cada pessoa possui um valor único e especial que conquista milhares de gente, nunca somos esquecidos pois além dos conhecidos há tantos outros que te repara e cria um afeto a ti que é despercebido diante aos seus olhos.
 Portanto, nunca ache, pois certas conclusões não podem ser feitas individualmente, é bom reparar tudo, até os detalhes ditos indispensáveis, pois simples gestos salvam vidas.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Papel

  Tem dias que a caneta é levada a mão e a mente pouco para pra pensar. Usa a caneta como um transporte e despeja sua carga sobre o papel sem freio algum, e toda aquela textura do papel vai tomando suas cores, formas, se preenchendo, "dando ar a graça" e luz a imaginação daquele que tem acesso a tal obra.
  Mas nem sempre tudo é colorido, há dias nublados onde a caneta faz desconhecer o papel e a mente nenhum esforço faz para preenche-lo. Então fica tal folha sem cor, da mesma forma, e já que ninguém se interessa por ti, fica a espera do vento levar, ou ser lembrada por qualquer ato de esperança para fazer valer o valor da sua origem natural.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

=p Riminha

Pensa menina naquilo que é lógico.
Agora na esquina lembrou do relógio,
Levanta e corre pra vê se dá tempo.
Olha o buraco, o passeio, o poste,
Mas ela cai pra não perder o costume,
A gente é que pensa que o grito fino assusta.

                             Dedicado à minha priminha - Paloma Gama *-*

Pedaços

Pedaço por pedaço se constrói o que quer, assim como se perde e procura as sobras para um recomeço, ou se começa do zero a construção para uma segunda vida, porque esta te deu uma nova chance, sem gostinho da esperança pra sobreviver.
E quando tudo começa do zero, é como um recomeço sem base alguma. É olhar para o ontem e ver um passado instável, uma vida com caminhos traçados por diversas controversas e conquistas, onde o hoje tudo é levado e o amanhã se imagina que só te sobrará à vida, a roupa do corpo, alguns entes, e as lembranças.
Mas o consolo que te dizem é a sua vida, mas cadê a coragem pra recomeçar? Quando há alguém ao seu lado é mais fácil, mas quando não há é mais inaceitável por não achar ninguém para lhe confortar e desembaçar seus olhos para a esperança.
Mas nada é impossível, é preciso coragem, auto confiança, e objetivo. Assim, quem sabe a sua segunda chance poderá ser melhor que a primeira, e ao contar sua história muitos se emocionarem ou nem acreditarem na coragem e luta do seu recomeço.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Estrada

E se dá o primeiro passo.
O vento forte bate no rosto e te faz senti só.
Traiçoeiro este vento.
Ao mesmo tempo friamente te abraça.
E te faz lembrar.
As pegadas feitas podem até ser refeitas com intensidade variada,
Quando não se sabe para onde ir.
Mas é preciso seguir.
Rumo ao vento acompanhando cada movimento.
Eu vou, você vai.
É tanta escolha
Tantos destinos distintos.
Pé na estrada, não importa se esteja calçada.
Pois até a proteção incomoda.
E ser livre é uma questão para quem realmente sabe o que quer.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Ser feliz e ter alegria.

 Ser feliz é sorrir? O sorriso completa o conjunto da felicidade, mas pode apenas uma reação de um instante alegre para disfarçar a rotina.
 "Sorrir, vai fingindo a tua dor e ao notar que tu sorri, todo mundo irá supor que és feliz..". Assim canta Djavan, e nada mente na transmissão da mensagem ao rolar da canção. "A arte de sorrir cada vez que o mundo te diz não.." canção de Guilherme Arantes, que ajuda a confirmar que o sorriso pode ser apenas um escudo pra disfarçar
 Ser feliz, talvez seja ter alguém que te ama ao seu lado e amar esse alguém. É ter com quem sorrir, em quem confiar. A felicidade está nas pessoas, em nós.
 A alegria é apenas um instante bom e esta qualquer objeto desejado, obstáculo vencido, prêmio almejado podem conseguir.
 Ter não é nada, pois ao mesmo tempo que tudo se tem, tudo se perde e nada mais se possui. Um brinquedo é aceito com enormes sorrisos por uma criança, mas depois de um tempo ao estar quebrado, o objeto torna-se incapaz de encher os olhos que só serão atraídos por outra novidade. A alegria pode ser vista como este brinquedo, que por instantes se têm e sem esperar escapa de nossas mãos.
  Ser é viver, são indiferenças que conjuntam e formam sua identidade que vista jamais será esquecida. A felicidade está em ser real e sem esperar conquistar o mundo, É ser feliz por ver o outro ser, por estar.
  Sou alegre porque tenho e feliz porque sou, por estar contigo.