sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Imaginar

Feche os olhos, agora o mundo é seu e tudo o que você quer pode acontecer. Você pode mudar as cenas passadas, acrescentar o que deveria haver, desfazer aquele feito que acabou contigo. Você pode tudo.
Quando cada parte do seu filme passa a ter uma trilha sonora, você acaba vivendo outra vez, se colocando em qualquer lugar graças a arte de imaginar.
Muitos podem lhe apontar como louco, dizer que você vive delirando, mas pode ter certeza, são essas frequências mágicas que te tornam especiais.
Acaba sendo perceptível, até o que você há anos queria desvendar. É só fechar os olhos e se teletransportar que tudo flui.
Haverá sabor em coisas jamais degustadas, já imaginou o gostinho do vento? É como sentir o abraço do sol. São coisas inexplicáveis e depende do intimo de cada ser.
Fechar os olhos para imaginar os porquês, é uma grande reflexão de entendimento do surreal à terra firme.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Esconder por detrás das palavras

É mais fácil escrever na dor, ou quando raras alegrias batem profundamente em nosso coração. Chega a ser inexplicável, mas é só colocar no papel tudo aquilo que todo mundo sabe, mas faz questão de esconder ou deixar subentendido.
É tão simples e tão mágico, mas se perde por causa das grandes rotinas e padrões. Na verdade bons entendedores de palavras entraram em extinção.
Só resta o significado racional, poucos conseguem entrar em sintonia com a emoção. Mas, isso tem um lado bom, o de poder se esconder por detrás das palavras, porque nem tudo que está escrito necessita ser entendimento para o mundo. É uma questão intima.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Em algum momento

Em algum momento da vida precisamos entender que cada dia é uma página nova em branco louca pra ser preenchida, e se nela houver as mesmas coisas, as mesmas situações, as mesmas agonias, não será necessário criar o livro da vida (nossa vida), só basta tirar xerox sendo prático e perdendo assim todas as aventuras que uma página (vida) possa lhe proporcionar, ao tentar consertar um borrão de tinta ou até mesmo os desafios propostos por nós mesmos. Enfim, a cada amanhecer é preciso transformar, mesmo que os caminhos percorridos sejam iguais dependendo de você, haverá alguém/algo para te fazer sorrir hoje, alguém/algo pra te fazer chorar amanhã, e alguém/algo que fará você lembrar do ontem... e você precisa estar sempre preparado para saber lhe dá com as situações, para ouvir um sim ou um não, afinal faz parte da vida. As coisas, as pessoas são muito importantes, mas tudo depende de nós.

[dedicado a Doug]

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Não peça para trocar

Os anos passam
A vida vai e vem
Os momentos ficam, revivem e até convém
E tudo renova
Apesar dos pequenos traços teus
Marcas só suas
Reconhecidas por quem conhece seu intimo
Mas, você acaba mudando
Mesmo sabendo que seu lar sempre será um refúgio
Para o recomeço de um novo fim
Seus trilhos podem enferrujar
Você reconstitui e tenta outra direção
Cada viagem, novas bagagens
Passageiros convidados ou não
Faz parte
E não haverá nada para apagar
Momentos bons e incorreções
O bom da vida é aproveitar
Não pedir para trocar
Transformar o imaginário em real
Converter em sorrisos os empecilhos
Construir, passar por diversos caminhos
E mesmo que o medo te intimide
Ser determinado em suas escolhas
E na contagem regressiva do adeus
Transparecer só felicidade.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Vermelho azulado

Seu soubesse que essa cena iria acontecer, garanto que gravaria. Mas algo foi medonhamente limitado e frustrado, para parar o tempo e registrar por uma fotografia aquele momento. Nuances. As cores ocorreram com satisfação na imensidão do céu. Foi difícil achar o fim, e houve? Tudo ocorreria naturalmente e esta beleza chamou atenção. Toda àquela imensidão azul se misturou em diversas cores que se habituavam ao contraste. Destacavam-se as casas, a igreja, os coqueiros, os postes, as luzes amareladas os azuladas que piscavam e não paravam de ascender. Tudo isso, estava à frente do cenário mais lindo ou preocupante do mundo.
No fim ou começo, ficava a rigor dos olhos de quem conseguia ver o amarelo, o laranja, o vermelho vibrante que brilhavam no lindo, até logo, do sol. O primeiro pensamento foi de imaginação, mas foi preciso entender que era a pura realidade. O céu azul se misturou. A alternância foi brutalmente passada de cor a cor, pode entender como impacto ou um vácuo talvez pulado de uma folha a outra vazia e o final escrito após.
Neste começo sem fim, se dispersava as cores quentes produzidas pelo sol que se encontravam com a imensidão azulada e acinzentada do céu. Vermelho, azul. Havia um "arco-íris" comprimido em função de apenas duas tonalidades.
Mas tudo foi fruto de um fenômeno natural lindo, ou fruto de uma reação natural em contraste com os maus tratos humanos? Antes uma fotografia para relembrar o momento único e pensar, ou reparar o que há acima de nós!?